IPCA atinge maior patamar para novembro desde 2015

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente a novembro, nesta sexta-feira (6). O índice apresentou resultado de 0,51%. Dessa forma, é o maior patamar registrado para o penúltimo mês do ano, desde 2015. A inflação acumulada em 2019 é de 3,12%. Vale destacar que o resultado de novembro foi puxado pelo aumento do preço da carne.

Segundo o IBGE, as carnes tiveram avanço de 8,09% no mês de novembro. Sendo assim, este foi o principal responsável pelo aumento do IPCA. Outro fator que impactou o índice foi a alta das loterias, que atingiram 24,35% no mês em questão.

Veja também: PIB será revisado para incorporar números das exportações, diz IBGE

O resultado do mês passado mostra uma aceleração em comparação a outubro. Vale destacar que o mês de outubro apresentou o menor patamar de seu período em mais de 20 anos, a 0,10%. Apenas no décimo mês do ano de 1998 o IPCA foi menor do que 0,10%. Em setembro deste ano aconteceu uma deflação de 0,04%, que significa uma desvalorização dos preços.

A meta central de inflação, determinada pelo Banco Central, para este ano, é de 4,25%. Entretanto, ela pode varia entre o piso de 2,75% e o teto de 5,75%.

Veja também: Banco do Brasil irá lançar crédito imobiliário referenciado no IPCA

Como é calculado o IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) considera a inflação do mês anterior a divulgação dos dados e demonstra o quanto saltaram os preços no tempo percorrido. Uma inflação menor após um mês em um patamar alto não significa que os preços caíram e sim que subiram com menor intensidade, em relação aos 30 dias anteriores. Entretanto, há um porém: caso o índice registrado seja negativo, como em setembro de 2019, mostra que teve redução nos preços, a chamada deflação.

Tags
Juliano Passaro

Compartilhe sua opinião