Intenção de consumo das famílias recua 2,5% em março, aponta CNC

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 2,5% na passagem de março para abril, passando de 99,9 pontos para 95,6 pontos. A pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviço e Turismo (CNC), divulgada nesta sexta-feira (17), apontou que a queda é em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Trata-se do menor nível desde novembro 2019. Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tardos, a queda na intenção de consumo das famílias brasileiras é por causa da preocupação com a crise da covid-19 “sem precedentes”.

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“As famílias começaram a se revelar mais alertas em relação ao consumo, em 2020. Essa insatisfação na expectativa de consumir em abril está ancorada na incerteza das consequências que a situação atual pode provocar nos indicadores econômicos deste ano. O aumento recente da taxa de desemprego no País é um exemplo”, afirmou Tadros

“Houve uma queda acentuada na percepção do momento de compra de duráveis, como eletrodomésticos, eletrônicos, carros e imóveis. Esta é a mais baixa pontuação de um subíndice em abril e o menor patamar deste item desde novembro de 2019”, ressaltou a economista da CNC responsável pelo estudo, Catarina Carneiro da Silva.

A parcela de consumidores que acreditam ser um momento negativo para compras deste tipo de produto atingiu 60,7%, o maior percentual desde novembro de 2019 (61,3%).

Segundo Catarina, “as perspectivas também começaram a registrar cautela”. O subíndice referente à perspectiva de intenção de consumo das famílias, por exemplo, registrou queda mensal de 5,5%, após dois aumentos seguidos, chegando a 94 pontos – o menor nível desde setembro de 2019 (93,4 pontos) – e retornando a um patamar de insatisfação, abaixo de 100 pontos.

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Poliana Santos

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