No top 5 de preços altos no G20: Inflação do Brasil é a 4ª pior das maiores economias

Levantamento feito pelo site Poder360 indica que o Brasil tem a 4ª maior inflação dos países que compõem o G20 – grupo que reúne as 19 maiores economias de todo o mundo e também a União Europeia.

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Os dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostram uma inflação acumulada de 12,1% nos últimos 12 meses. Com esse número, o Brasil fica atrás apenas da Turquia (69,9%), Argentina (58%) e Rússia (17,8%).

Se levados em consideração os países que compõem as seis maiores economias da América Latina, o país ocupa a 3ª posição atrás apenas da Venezuela (172%) e da Argentina.

Além disso, o Brasil amarga inflação mais elevada em relação ao Chile e à Colômbia, com 10,2% e 9,2%.

Em suma, a situação é de preços elevados ao redor do globo, com inflação persistente inclusive em países em que isso era relativamente incomum, como os cerca de 8% mensurados pelo CPI nos EUA (a sigla em inglês do Índice de Preços ao Consumidor do país).

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O cenário, vale frisar, obriga autoridades monetárias (bancos centrais) a adotarem posturas de maior austeridade e subirem as respectivas taxas de juros.

Segundo o Boletim Focus mais recente, o consenso do mercado financeiro aumentou a projeção para o IPCA, de 7,65% para 7,89% em 2022. Para 2023 a estimativa é de 4,10%, ante 4% na semana anterior.

Inflação em alta: até quando o preço dos alimentos vai subir?

A inflação tem dado uma forte dor de cabeça para os brasileiros em 2022, e uma das grandes dúvidas neste momento é: até quando a inflação vai seguir em alta? O tema ganhou destaque depois que o governo federal anunciou que vai zerar a alíquota do imposto de importação de alguns alimentos.

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A percepção dos especialistas é de que poderá ocorrer uma desaceleração daqui para frente, principalmente a partir de julho, principalmente nos alimentos in natura, devido a condições climáticas desfavoráveis vistas desde o começo do ano.

Segundo Guilherme Moreira, coordenador do IPC-Fipe, os alimentos devem reduzir o ritmo de aumentos a partir de julho, com os in natura já começando a diminuir em maio. “Mas, no curto prazo, não vai ter muito alívio, pelo menos neste ano”, afirmou. “Alimentação vai ser o grupo que mais vai pesar pro consumidor, sem dúvida nenhuma.”

A previsão de inflação da Fipe está em torno de 8% ao ano no geral e mais de 15% para alimentação. “Algum alívio só a partir de 2023”, finaliza.

Na segunda-feira passada (3), o mercado elevou pela 16ª semana consecutiva a previsão para a inflação de 2022, agora para 7,89%, de acordo com os dados do mais recente Relatório Focus, do Banco Central.

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A previsão geral para a inflação geral deste ano da FGV está atualmente em 7,7%, pouco abaixo de 8% ao ano.

Já para a inflação de alimentos, a expectativa é de 13% ao ano. “A nossa previsão de inflação está muito alta. A meta do ano é de 3,5%, o teto da meta é 5% e nós já estamos em uma inflação próxima de 8%”, afirma André Braz, economista e coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), reiterando que a inflação alimentícia está muito acima da média. Para ele, esse fator será determinante para as famílias em 2022.

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Eduardo Vargas

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