Declaração do Imposto de Renda 2023 entra na reta final! Saiba 5 dicas para acertar no envio

O prazo final para declarar o Imposto de Renda 2023 se aproxima e com ele a preocupação de fazer tudo certo para não correr o risco de cair na temida malha fina. Ainda mais que a Receita Federal definiu novas regras e critérios para os contribuintes neste ano.

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Um das novidades do IRPF 2023 ano diz respeito aos investimentos. Quem operou na Bolsa de Valores, mercadorias, futuro e assemelhadas fica obrigado apenas se houver alienação superior a R$40 mil ou com apuração de ganhos líquidos sujeitos à tributação. Anteriormente, a regra para envio do documento completo valia apenas aos investidores que negociaram a partir de R$ 1 na bolsa.

Victor Savioli, cofundador da Velotax, explica que a regra anterior continua valendo para declarações passadas, isso significa que, se o investidor não declarou ou declarou errado até o IRPF 2022, deve seguir a regra antiga.

No geral, de acordo com o Ministério da Fazenda, a expectativa da Receita é receber entre 38,5 milhões e 39,50 milhões de documentos.

Por isso, se você deseja preencher a declaração do Imposto de Renda corretamente, você precisa acompanhar a Semana de Imposto de Renda do Suno Notícias, patrocinada pelo Grana Capital.

Para te ajudar nessa reta final do prazo – até 31 de maio-, o Suno Notícias conversou com especialistas e preparou cinco dicas de como fazer para acertar na declaração do Imposto de Renda 2023.

Confira a seguir.

1) Eu preciso mesmo declarar?

Quem tem rendimentos tributáveis acima de R$ 28 mil ou rendimentos isentos acima de R$ 40 mil deve fazer a declaração do Imposto de Renda, incluindo salários, aposentadorias, pensões e aluguéis, além de benefícios como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e seguro-desemprego.

“É bem importante avaliar todas as condições que faz com que você passe a ser obrigado a entregar o Imposto de Renda”, comenta Soraia Nogueira, gerente contábil da Seteco Consultoria Contábil. 

Já o cofundador da Velotax destaca que existem várias regrinhas para ficar atento. Dentre elas, o profissional destaca:

  • Ter recebido rendimentos tributáveis acima de R$28.559,70 no último ano;
  • Ter recebido rendimentos isentos ou não tributáveis acima de R$40 mil no último ano;
  • Ter obtido ganho de capital na alienação de bens ou direitos no último ano;
  • Ter operado na Bolsa de Valores acima de R$40 mil em 2022 ou ter obtido lucro tributável;
  • Na atividade rural: ter recebido receita bruta anual em valor superior a R$142.798,50 ou pretenda compensar prejuízos de anos anteriores;
  • Teve bens e direitos em 31 de dezembro que, somados, valiam acima de R$300 mil;
  • Ter se tornado residente no Brasil em qualquer mês e assim se encontrava em 31/12/2022;
  • Ter optado pela isenção do IR de ganho de capital na venda de imóveis residenciais quando seguido de compra de novo imóvel residencial em até 180 dias.

“Mesmo que você se enquadre somente em um critério, será obrigado a entregar a declaração completa e inserir todas as informações nela, não somente no critério em que você se encontra. Além disso, mesmo que você não se enquadre nesses critérios, pode receber uma restituição se declarar mesmo sem ser obrigado”, completa Savioli.

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2) Separe os documentos obrigatórios

O primeiro passo para declarar o IR é separar os documentos obrigatórios, como informes de rendimento das receitas e dos bancos que o contribuinte tem conta. Os principais documentos são:

  • Documento de identidade;
  • Comprovante da atividade profissional;
  • Endereço completo atualizado;
  • Documento dos dependentes;
  • Dados bancários, para débito ou restituição do Imposto de Renda;
  • Informe de rendimentos de distribuição de lucros;
  • Comprovantes e documentos de outras rendas (pensão alimentícia, doações, herança e outros);
  • Informe de rendimento de aposentadoria e/ou pensão.

3) Faça o download do aplicativo do programa

Após juntar todos os documentos, baixe o aplicativo do programa da Receita Federal IRPF 2023, importe seus dados ou comece preenchendo do zero. Para isso, é necessário preencher o espaço indicado com o CPF e o nome. Na sequência, será permitido que o contribuinte complete a ficha com as informações pessoais e de rendimentos. 

É possível também preencher a declaração de maneira online, sem a necessidade de fazer o download do aplicativo do Imposto de Renda

4) O que fazer se tiver contas a acertar com o fisco

O contribuinte que perceber que ainda possui valores a acertar com o fisco, de acordo com o calendário, pode efetuar o pagamento neste mês de maio. “Quem quiser pagar a primeira cota ou em cota única de eventual imposto remanescente via débito automático, deve fazer essa opção até o dia 10/05 e o pagamento será em 31/05. Após essa data, o contribuinte só poderá pagar as demais parcelas via débito automático”, explica o cofundador da Velotax. 

5) Deixar para declarar agora pode ser uma vantagem

Embora não seja a principal indicação dos especialistas, declarar o IR próximo ao dia 31 de maio possui um benefício: rentabilidade líquida. Isso porque o valor da restituição é corrigido pela taxa Selic – atualmente em 13,75% ao ano. Assim, quanto mais alta estiver a taxa básica de juros, maior será o rendimento líquido da restituição.

Mas, ao deixar para declarar o Imposto de Renda na última hora, o contribuinte pode correr o risco de não conseguir finalizar e enviar a declaração a tempo, sob a pena de pagamento de multa à Receita Federal.

De qualquer forma, seguindo essas dicas, o contribuinte irá se preparar da melhor forma para conseguir realizar a declaração de Imposto de Renda 2023 no prazo e evitar problemas no processo. Lembre-se de que a declaração é uma obrigação legal e não submeter seus documentos à Receita Federal ou fazê-lo de maneira incorreta pode acarretar em multas e outros problemas legais.

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Vanessa Loiola

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