Imóveis: ‘Mercado imobiliário é cíclico e estamos na fase boa do ciclo’, diz consultor

Durante o primeiro trimestre desse ano, o volume de financiamentos para imóveis residenciais avançou 113% em comparação ao mesmo período em 2020. Apesar do avanço da pandemia de coronavírus (Covid-19), o mercado imobiliário está otimista e projeta um crescimento de mais de 30% em 2021, depois do avanço de 57,5% no ano passado.

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Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o consultor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Eduardo Zylberstajn, apontou que a tendência é que o mercado imobiliário continue aquecido, atendendo à demanda renovada pela pandemia.

Quando questionado sobre o avanço do financiamento imobiliário enquanto que o crescimento econômico é baixo e o desemprego avança, Zylberstajn apontou que “o mercado imobiliário é bastante cíclico e, atualmente, estamos na fase ‘boa do ciclo'”.

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“Depois da crise de 2015, vivemos anos de poucos lançamentos e poucas vendas. Atualmente, juros baixos e uma demanda por novos arranjos domiciliares, renovada pela pandemia, devem ajudar a termos alguns anos positivos”, completou o consultor que acredita que o setor vai continuar aquecido.

Preços dos imóveis ainda não recuperaram as perdas do fim da década passada

Além disso, ele comentou se seria ou não uma boa hora para vender um imóvel e disse que “os preços dos imóveis ainda não recuperaram as perdas do fim da década passada. Desde o pico, em dezembro de 2014, os preços estão 24% mais baixos em termos reais segundo o Índice FipeZap residencial. Agora, uma boa hora para comprar sempre é algo muito peculiar de cada família. As pessoas devem ponderar sempre quanto tempo pretendem ficar no imóvel, levando em conta aspectos de planejamento familiar e profissional. Se houver alta chance de ter de se mudar no curto prazo, o aluguel pode ser uma alternativa melhor quando os custos de reformas, corretagem e impostos são levados em conta.

Sobre o impacto da alta dos juros para esse mercado, Zylberstajn explicou ao jornal que quando os juros caem, o mercado é estimulado e quando sobem o mercado costuma sofrer. “A questão é que estamos saindo de um patamar de juros extremamente baixos para um patamar de juros ainda baixos – portanto o movimento positivo deve perder apenas pouca força e se manter com alguma firmeza (desde que o aumento nos juros seja relativamente limitado)”.

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O consultor também foi questionado sobre investimentos no mercado imobiliário. Segundo ele, investir em imóveis nesse momento depende de vários aspectos para ser um bom negócio.

“Um dos principais que me preocupam é a concentração do patrimônio: quando o dinheiro está investido no mercado financeiro, é mais fácil diversificar. Quando o dinheiro vai para imóveis, normalmente compra-se um só e isso aumenta o risco. E se os juros subirem mais e mais rápido do que o previsto? Isso sem falar que se aquele dinheiro de repente for necessário, é difícil vender rapidamente um imóvel“, salienta.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Laura Moutinho

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