Fundos imobiliários de escritórios lideram altas; IFIX volta a registrar queda
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Os fundos imobiliários RBRP11, o RCRB11 e o KORE11, que atuam no segmento de lajes corporativas (escritórios), registraram as principais altas desta segunda-feira (28) no mercado de FIIs, todos eles com altas acima de 2%. O IFIX voltou a cair, depois de dois dias de queda, e se distanciou da possibilidade de terminar o mês com resultado positivo.

Num segmento que se encontra fortemente descontado, esses fundos acabaram vistos como oportunidade por parte dos agentes. Todos eles, porém, seguem bem abaixo de seu valor patrimonial.
O RBRP11 registrou o principal beneficiado, com alta de 2,27%, a R$ 51,01. Esse valor, contudo, tem cerca de 33% de desconto para o valor patrimonial por cota do FII, de R$ 76,02. RCRB11 e KORE11 seguem muito abaixo de seus valores patrimoniais, com P/VP de 0,63x e 0,69x, respectivamente.
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
Na outra ponta, o IRDM11 registrou o maior recuo do dia, de 1,71%, com fechamento em R$ 60,93. Entre os FIIs com maior liquidez, o MXRF11 fechou em queda de 0,42%, a R$ 9,51; o CPTS11 recuou 0,55, a R$ 7,25, e o VGIR11 desceu 0,93%, a R$ 9,56.
IFIX — resumo do dia 28/07/2025
- Fechamento: 3.431,00 pontos (-0,41%)
- Mínima: 3.429,91 (-0,44%)
- Máxima: 3.446,52 (+0,04%)
- Acumulado da semana: -0,41%
- Acumulado do mês: -1,51%
- Acumulado do ano: +10,10%
O IFIX terminou o dia em 3.431,00 pontos, queda de 0,41% em relação ao resultado de sexta-feira (25). A cotação teve forte oscilação negativa desde os primeiros minutos e fechou pouco acima da mínima do dia.
Com o resultado, o índice de FIIs cai de 1,51% em relação ao resultado de 30 de junho, de 3.483,77 pontos. Depois de fechar cinco meses seguidos em alta, o índice precisaria subir mais de 50 pontos nos últimos três pregões do mês para reverter a tendência.
Fundos imobiliários são impactados indiretamente por tarifa, diz especialista
Para o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, o mercado de FIIs tem sido impactado indiretamente pela proximidade da entrada em vigor da tarifa de importação dos EUA aos produtos brasileiros, que começa a ser adotada a partir desta sexta-feira (1). Segundo ele, a incerteza dos agentes do mercado quanto aos impactos sobre a economia brasileira tem levado a uma reversão do fluxo de capital estrangeiro da B3, com forte saída.
“Há um cenário de ruído que leva ao aumento da percepção de risco, o que faz com que os investidores externos tirem o dinheiro do país. Isso está impactando todo o mercado de renda variável, inclusive os FIIs”, afirma o especialista. Segundo ele, isso pode se refletir em oportunidades para os investidores, que podem encontrar ativos a bom preço de entrada. “Mas isso deve ser feito com cuidado e analisando os fundamentos dos FIIs como um todo, não só o preço”, alerta o analista.
A carteira teórica do IFIX é renovada a cada quatro meses pela B3. A seleção leva em conta fatores como valor patrimonial, regularidade no pagamento de dividendos e liquidez das cotas. A atual composição da carteira, com 117 fundos imobiliários, vale até o fim de agosto. Na semana que vem, após o último pregão de julho, a B3 divulgará a primeira prévia da carteira que servirá de referência de setembro a dezembro.