Ibovespa sobe 0,63%, com impulso de NY; Magazine Luiza (MGLU3) dispara

O Ibovespa sustentou os 105 mil pontos nesta segunda (27) e fechou com alta de 0,63%, com impulso das bolsas de Nova York. Mas o índice acumula perda de 11,31%, pior desempenho anual desde 2015, quando recuou 13,31%.

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O índice da B3 (B3SA3) vem de leve ganho de 2,92% em 2020, o primeiro ano da pandemia. Em 2015, a sequência foi pior: após queda de 2,91% em 2014 e de 15,50% em 2013, acumulou retração de quase 29% ao longo daqueles três anos.

Em Nova York, os mercados foram favorecidos por levantamento preliminar positivo sobre as vendas do varejo nos Estados Unidos no período anterior ao Natal. Mesmo em semana atípica pelo fim do ano, com volumes menores em negociação, o índice S&P 500 renovou recorde histórico de fechamento, com o setor de tecnologia entre os destaques nesta segunda-feira.

O índice Dow Jones fechou em alta de 0,98%, em 36.302,38 pontos, o S&P 500 avançou 1,38%, a 4.791,19 pontos, e o Nasdaq subiu 1,39%, a 15.871,26 pontos.

O varejo americano trouxe notícia positiva, que apoiou o humor nesta segunda,. A Mastercard SpendingPulse estimou que as vendas no varejo nos EUA aumentaram 8,5% entre 1º de novembro e a véspera de Natal, em comparação com igual período de 2020. Esse crescimento foi o mais acentuado em 17 anos.

Hoje, com agenda doméstica esvaziada e um boletim Focus sem surpresas, o índice da B3 fechou aos 105.554,40 pontos no encerramento, acompanhou a alguma distância o rali em Nova York. Na máxima do dia, o Ibovespa foi aos 105.694,47, saindo de abertura a 104.891.96 e tocando, na mínima, 104.798,45 pontos. Bem fraco, o giro financeiro foi de R$ 20,1 bilhões na sessão. Após cinco perdas mensais consecutivas, o índice acumula recuperação de 3,57% em dezembro.

“O Boletim Focus incorporou a evolução positiva dos dados recentes de inflação, de atividade fraca e recesso político – sem notícias do congresso que possam adicionar mais prêmio de risco“, analisa João Beck, economista e sócio da BRA.

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Efeitos da variante ômicron

Apesar da reação positiva de Nova York à estimativa para o varejo americano, o efeito da variante ômicron sobre a recuperação econômica global permanece como um fator a ser ponderado pelos investidores neste fim de ano.

“O crescimento exponencial do número de casos nos EUA e na União Europeia sustenta ambiente de maior cautela, principalmente depois do cancelamento de mais de 2.800 voos nos EUA neste final de semana por causa da propagação da Ômicron, e com alerta de uma das principais autoridades na área da saúde do país (Anthony Fauci, ontem), de que o aumento do número de casos desta nova variante pode acabar sobrecarregando os hospitais mesmo com a baixa letalidade dela”, observa em nota a Guide Investimentos.

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Em 2021, “a aceleração na escalada dos juros trouxe ainda mais pressão baixista para os papéis das empresas negociadas na bolsa brasileira”, aponta em relatório o Banco Inter. “Nos riscos globais, as variantes de covid-19, primeiramente Delta e, mais recentemente, Ômicron, trazem uma provável nova realidade para os mercados: a de que conviveremos com os efeitos da pandemia ainda por um tempo”, acrescenta a instituição, que, com os descontos acumulados na B3, projeta o Ibovespa a 125 mil pontos até o fim de 2022.

Caso a estimativa se confirme, a referência da B3 ficará não muito distante do ponto em que estava no encerramento de 2020 (119 mil pontos) e também abaixo da máxima histórica do último 7 de junho (131.190,30 no intradia e 130.776,27 pontos naquele fechamento).

Apesar dos fatores de risco que ainda predominam no cenário, hoje prevaleceu indicação da Mastercard de que as vendas do varejo nos Estados Unidos cresceram 8,5% entre o início de novembro e a véspera de Natal na comparação com o mesmo período de 2020 – o desempenho mais forte em 17 anos, ainda que abaixo da previsão de 8,8% feita pela empresa em setembro.

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Ibovespa: varejistas têm as maiores altas

No Brasil, o Natal de 2021 registrou aumento real de 10% nas vendas de lojistas de shopping em relação ao ano passado, mas um resultado ainda distante do patamar de 2019. Segundo a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), cerca de 123,7 milhões de consumidores foram às compras.

Na B3, as empresas do setor de varejo lideraram os ganhos desta segunda-feira, com Magazine Luiza (MGLU3) em alta de 9,35% e Via, de 8,00% no fechamento, beneficiadas também pela redução da pressão na curva de juros ao longo da tarde, ambas à frente de PetroRio (PRIO3), que ganhou 4,87%, e Qualicorp (QUAL3), com avanço de 4,91% na sessão.

“As ações de varejistas sobem, mas isso ainda parece ser um movimento técnico de correção e desmonte de posições vendidas frente as quedas agudas no mês. Os contratos de DI futuro já vem numa trajetória de queda desde novembro e não me parece ser esse o motivo principal”, diz o economista João Beck, da BRA.

Na ponta oposta, Banco Pan (BPAN4) caiu 3,23%, Assaí (ASAI3) desabou 3,19%) e Azul (AZUL4) recuou 2,99%.

Entre as blue chips, destaque nesta segunda-feira para ganho de 1,97% em Petrobras (PETR4), com o petróleo Brent em alta superior a 3% na sessão, buscando se reaproximar de US$ 79 por barril. As ações de grandes bancos também tiveram sessão positiva no Ibovespa, com ganhos de até 1,14% — Bradesco (BBDC4) no fechamento do dia. Vale (VALE3)  fechou em baixa de 0,25%.

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Com informações do Estadão Conteúdo

Redação Suno Notícias

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