Ibovespa bate recorde histórico e dólar cai com expectativa de corte de juros nos EUA

O Ibovespa fechou em alta nesta segunda-feira (15), renovando suas máximas históricas e se aproximando dos 144 mil pontos, embalado pela expectativa de uma redução nos juros dos Estados Unidos nesta semana. O índice de referência do mercado acionário brasileiro subiu 0,90%, a 143.546,58 pontos, marcando um novo recorde de fechamento. A máxima do dia foi de 144.193,58 pontos, renovando também o topo histórico intradiário. Na mínima, o Ibovespa ficou em 142.292,21 pontos.

O volume financeiro foi de R$ 14,7 bilhões antes dos ajustes finais, refletindo o otimismo no mercado com os dados econômicos, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

Dólar cai pela 4ª sessão consecutiva e atinge menor valor desde junho de 2024

O dólar comercial completou nesta segunda-feira (15) a quarta sessão consecutiva de queda, fechando com baixa de 0,59%, cotado a R$ 5,3220. Esse é o menor valor registrado para a moeda americana desde junho de 2024. A queda do dólar é atribuída à expectativa de que o Federal Reserve (Fed) dos EUA deve anunciar um corte de 0,25 pontos base na próxima reunião, o que torna os investimentos em renda fixa no país menos atrativos, favorecendo o fluxo de capital para o Brasil.

Ao longo do dia, o dólar variou entre a máxima de R$ 5,3558 e a mínima de R$ 5,3092. No ano, a moeda americana acumula uma queda de 13,97%, o que indica uma valorização significativa do real frente ao dólar.

Expectativas de corte de juros nos EUA sustentam alta no Ibovespa

O movimento do Ibovespa reflete a confiança dos investidores no cenário externo, especialmente após os dados econômicos dos Estados Unidos. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de agosto e o aumento nos pedidos de auxílio-desemprego reforçaram as expectativas de que o Federal Reserve possa cortar sua taxa de juros em 0,25 pontos base na reunião de quarta-feira (17). Essa redução nos juros no exterior torna os ativos de risco mais atrativos, favorecendo os mercados emergentes, como o Brasil.

Gabriel Mollo, analista da Daycoval Corretora, explica que a expectativa de corte de juros nos EUA abre espaço para novos recordes no Ibovespa, especialmente com a boa performance das ações de bancos. “Com a perspectiva de redução de juros no Fed, o mercado está otimista, o que favorece setores sensíveis à política monetária, como o bancário”, afirma Mollo, destacando também a alta das commodities, com Vale e Petrobras em destaque.

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Os destaques do dia

O dia foi marcado por forte movimentação nas ações de empresas como GOL Linhas Aéreas (GOLL54), que caiu 1,03%, fechando a R$ 6,72, e Azul S.A. (AZUL4), que se destacou com alta de 7,09%, atingindo R$ 1,36. As ações da Cogna Educação (COGN3) também subiram 4,45%, fechando a R$ 3,05, enquanto Ambev (ABEV3) teve um pequeno ganho de 0,40%, atingindo R$ 12,63. Já as ações do Banco do Brasil (BBAS3) caíram 2,20%, encerrando a R$ 21,82. Itaú Unibanco (ITUB4) teve uma alta de 1,66%, fechando a R$ 38,00, e Bradesco (BBDC4) subiu 1,19%, alcançando R$ 17,03. As ações da Vale S.A. (VALE3), uma das maiores no índice, subiram 0,82%, fechando a R$ 57,50, e da Petrobras (PETR4) avançaram 1,03%, a R$ 36,85.

Fechamento das bolsas americanas:

  • S&P 500: 4.384,60 pontos (-0,33%)
  • Dow Jones: 34.270,15 pontos (-0,20%)
  • Nasdaq: 14.276,23 pontos (-0,42%)

As bolsas americanas fecharam em queda, apesar da expectativa de cortes de juros. A alta do CPI e o aumento nos pedidos de seguro-desemprego sinalizam uma pressão inflacionária maior do que o esperado, o que leva os investidores a ajustarem suas expectativas quanto à política monetária do Fed.

Maiores altas e baixas do Ibovespa hoje

Última cotação do Ibovespa

Ibovespa encerrou as negociações da última sexta-feira com queda de 0,61%, fechando aos 142.271,58 pontos.

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Maíra Telles

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