Ibovespa sobe 1,38%, aos 113.624 pontos; CVC (CVCB3) e Embraer (EMBR3) avançam

O Ibovespa hoje terminou a sessão de segunda-feira (17) em alta de 1,38%, aos 113.623,98 pontos, entre a mínima de 112.090,36 e máxima de 114.406,03. No mês, avança 3,26% e, no ano, 8,40%. O giro financeiro foi a R$ 27,9 bilhões.

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“O mercado local se manteve hoje muito conectado ao internacional, com forte desempenho em Nova York, animado pelos resultados do Bank of America, que ajudaram aqui as ações de bancos, em dia também de recuperação na Europa, com a reconsideração pelo governo britânico de propostas fiscais que haviam sido mal recebidas pelos investidores”, diz Gustavo Harada, chefe da mesa de renda variável da Blackbird Investimentos.

“Por aqui, com agenda meio esvaziada neste começo de semana, o boletim Focus ainda traz projeções melhores para IPCA e PIB, uma combinação que sempre ajuda”, completa.

No Ibovespa hoje, o principal destaque do dia foi CVC (CVCB3), que saltou 9,18%, após divulgar o lançamento de um programa de fidelidade e projetar distribuição de lojas da rede.

Empresas com exposição ao câmbio como as do setor de viagens e turismo estiveram entre as campeãs do dia, favorecidas por recuo do dólar ante o real, ainda que bastante moderado ao longo da tarde – a moeda americana fechou o dia em leve baixa de 0,37%, a R$ 5,3028.

Além disso, Embraer (EMBR3) também entrou na lista das maiores altas, com +6,58%, e a Azul (AZUL4) subiu 6,11%. A Locaweb (LWSA3) ganhou 5,37%.

As ações da Petrobras (PETR3, PETR4) perderam 0,65% e 0,09%, nesta ordem, enquanto os papéis da Vale (VALE3) subiram 1,58%, impactando de forma positiva o valor do Ibovespa.

As maiores perdas do índice foram MRV (MRVE3), com -11,42%, em função de prévias operacionais que trouxeram desaceleração de vendas e queima de caixa, resultados que decepcionaram os investidores, aponta Harada. A Braskem (BRKM5) recuou 3,54% e Fleury (FLRY3) registrou queda de 2,87%.

Aqui, “os juros futuros recuaram com perspectiva de melhora da inflação, pela queda no preço das commodities, e a divulgação do Boletim Focus projetando IPCA mais baixo para 2022 e 2023, o que favorece os ativos de risco”, aponta Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora.

No câmbio, acrescenta o analista, o dólar acabou mostrando ao fim recuo muito leve frente ao real, alinhado ao mercado externo, com a recuperação da moeda americana observada no final do pregão refletindo “alguma cautela por parte dos investidores”.

Na B3, “o mercado acompanhou a volta do investidor para os ativos de risco vista lá fora. Uma melhora grande no exterior, principalmente com a decisão do governo britânico de revogar grande parte dos cortes de impostos que haviam sido propostos, e que estavam levando as contas públicas daquele país para uma situação complicada”, diz Luiz Adriano Martinez, portfólio manager da Kilima Asset.

O especialista chamou a atenção para o efeito “tranquilizador” não apenas para a libra mas também para os mercados acionários, como se viu no Ibovespa hoje. “Um problema a menos para o mundo”, acrescenta.

Com alguma melhora na percepção de risco lá fora – com destaque para o índice de tecnologia de Nova York, o Nasdaq, que fechou em alta de 3,43% -, os investidores também retomaram as compras na B3.

Até o começo da tarde, os ganhos eram bem distribuídos pelas ações e segmentos de maior peso na cotação do Ibovespa, o que levou o índice a marcar ganhos pouco acima de 2% nas máximas do dia. No meio da tarde, a virada, ainda que leve, observada nos preços do petróleo tirou ímpeto de Petrobras, que fechou o dia em baixa.

O setor minero-siderúrgico teve desempenho misto na sessão, apesar da queda do preço do minério de ferro na China nesta segunda-feira (-1,93% em Dalian), em meio à ausência de estímulos econômicos, no curto prazo, para fazer frente aos efeitos dos lockdowns sobre o ritmo de atividade, especialmente na construção civil, observa Martinez, da Kilima.

Na agenda doméstica, se por um lado o Focus contribuiu para que o Ibovespa se alinhasse ao bom humor externo, por outro o IBC-Br de agosto, também divulgado nesta manhã pelo Banco Central, decepcionou.

O indicador de atividade econômica do BC avançou 4,86% em relação a agosto de 2021, mas, na margem, recuou 1,13%, em desempenho pior do que o mercado antecipava para a comparação com julho, observa em nota a Terra Investimentos. “Além disso, os resultados dos últimos meses foram revisados predominantemente para baixo”, acrescenta a casa.

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Maiores altas do Ibovespa:

Maiores baixas do Ibovespa:

Bolsas de Nova York

Os mercados acionários de Nova York fecharam em alta na sessão de hoje, como destaque para a Nasdaq, que teve forte alta de 3,43%. Ações de bancos ficaram em destaque, no início de uma semana marcada pela divulgação de uma série de balanços corporativos. O Bank of America (BofA) subiu 6%, após resultado agradar os mercados. No radar das mesas de operação, também esteve a reversão de cortes de impostos no Reino Unido.

  • Dow Jones: +1,87%, aos 30.188,79 pontos;
  • S&P500: +2,65%, aos 3.678,16 pontos;
  • Nasdaq: +3,43%, aos 10.675,80 pontos

O dólar à vista fechou em baixa de 0,37%, a R$ 5,3028, após oscilar entre R$ 5,2541 e R$ 5,3038.

Os contratos futuros de petróleo mostraram ganhos em boa parte desta segunda-feira, 17, ajudados pelo recuo do dólar e pelo ambiente de maior propensão ao risco nos mercados internacionais em geral. A commodity, porém, acabou invertendo o sinal, bem perto da estabilidade, com foco em sinais da economia da China no radar de investidores.

O petróleo WTI para novembro fechou em queda de 0,18% (US$ 0,15), em US$ 85,46 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro recuou 0,01% (US$ 0,01), a US$ 91,62 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O ouro fechou em alta nesta segunda-feira, 17, após receber apoio do enfraquecimento do dólar ante as principais moedas rivais, em meio à melhora do sentimento de risco, e dos rendimentos dos Treasuries. Em um dia de agenda esvaziada, o mercado segue atento às sinalizações dos próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e à possibilidade de arrefecimento do aperto monetário.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro subiu 0,91%, a US$ 1.664,0 por onça-troy.

Outras notícias que movimentaram o Ibovespa

  • Credit Suisse rebaixa recomendação para as ADRs da Petrobras
  • Fleury (FLRY3) fará aumento de capital de até R$ 1,2 bilhão

Credit Suisse rebaixa recomendação para as ADRs da Petrobras

Os analistas do Credit Suisse rebaixaram a recomendação para as ações da Petrobras de compra para neutro, com preço-alvo de US$ 16 para a ADR da empresa. As ADRs da companhia terminaram o pregão em Nova York avançando 0,80%, cotadas a US$ 12,68, nesta segunda (17).

Segundo os analistas de ações da Petrobras, “Talvez as eleições possam até ser o catalisador que as ações estavam esperando. No entanto, de uma perspectiva de risco-retorno, preferimos ficar à margem e não temos medo de perder um possível rali”.

Outro destaque dado pelo Credit Suisse é a cotação do petróleo como um driver relevante.

“Não estamos muito preocupados com a política de preços em si, mas sim com o risco de queda nos preços do petróleo”, disseram.

Nesse cenário, a projeção para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi reduzida em 7%, para os US$ 67 bilhões para 2022. Enquanto isso, as estimativas para 2023 se mantiveram.

Fleury (FLRY3) fará aumento de capital de até R$ 1,2 bilhão

O Fleury vai faezr um aumento de capital privado de no pelo menos R$ 602 milhões e de no máximo R$ 1,218 bilhão. O preço de emissão será de R$ 17,27 por ação, apresentando um desconto de 6,5% em comparação à cotação do último fechamento.

Assim, são no mínimo 34,8 milhões de ações emitidas, com uma quantidade máxima de 70,5 milhões de novas ações do Fleury. Os acionistas da empresa vão ter prioridade para subscrever as novas ações, no âmbito do aumento de capital.

Os acionistas da Fleury vão ter o direito de preferência na subscrição de ações na proporção de 0,2223700485 nova ação ordinária a cada uma ação de que eles forem titulares.

Cotação do Ibovespa nesta sexta (14)

O Ibovespa fechou o pregão da última sexta-feira (14) em queda de 1,95%, aos 112.072,34 pontos.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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João Vitor Jacintho

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