Ibovespa sobe 0,77%, aos 116.928 pontos; Copel (CPLE6) dispara e Cielo (CIEL3) recua

O Ibovespa hoje encerrou a sessão de terça-feira (1º) em alta 0,77%, aos 116.928,66 pontos. A máxima do pregão foi de 118.261,20 pontos, enquanto a mínima foi de 115.547,46 pontos. O volume financeiro foi de R$ 40,7 bilhões.

Bolsonaro fala ao vivo pela primeira vez após perder a eleição; Saiba mais!

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Ibovespa sobe hoje com o investidor estrangeiro animado com Lula eleito no Brasil, o que tem motivado o dólar e os juros a caírem e a bolsa a subir”, diz Leandro Petrokas, diretor de research e sócio da Quantzed.

A queda dos juros favorece o setor de varejo. Observam-se, por exemplo, Via (VIIA3), Lojas Marisa (AMAR3), Magazine Luiza (MGLU3) e C&A (CEAB3) subindo.

Mesmo com protestos ainda interrompendo ou prejudicando o tráfego nas estradas brasileiras nesta terça-feira, e os índices de ações em Nova York mostrando perdas na sessão, o Ibovespa manteve-se no positivo pelo segundo dia, mas ficou volátil durante a fala do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), no fim de tarde, sem pedido direto de desmobilização dos caminhoneiros e sem cumprimento ao vencedor da eleição para a Presidência da República do último domingo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Continua esse clima de embate político, ele (Bolsonaro) acabou não falando nada. As manifestações continuam atrapalhando e podem afetar a economia, com falta de produtos, mesmo de combustível. Deveria ter pedido o fim das manifestações”, diz Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença Corretora.

Dessa forma, o Ibovespa chegou a subir menos de 1% na conclusão da fala de Bolsonaro, mas voltou a ganhar um pouco de terreno, logo em seguida, com a confirmação, pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, de que a transição de governo será iniciada, conforme prevê a lei. No início do curto pronunciamento do presidente, o Ibovespa chegou a acentuar máxima do dia (+1,92%), aos 118.261,20 pontos, mas perdeu força logo depois, na conclusão da fala.

As commodites agrícolas também operaram em alta, com Cosan (CSAN3) e São Martinho (SMTO3) avançando na sessão de hoje, influenciado pela alta das commodities nos mercados internacionais.

A China, por sua vez, estaria projetando plano de Covid zero, fazendo com que os setores de mineração e siderurgia reagissem de forma positiva no Ibovespa hoje. A notícia foi bem vista já que poderiam reduzir os lockdowns.

No radar dos investidores do Ibovespa também está a divulgação de resultados do 3T22. A Cielo (CIEL3) caiu e PetroRio (PRIO3) subiu com base na percepção do mercado sobre os balanços anunciados.

Depois do resultado das eleições de 2022, parte dos investidores se desfazem das ações de Petrobras (PETR4), favorecendo empresas privadas como PetroRio, PetroReconcavo (RECV3) e 3R Petroleum (RRRP3).

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta terça-feira, 1º de novembro, em uma sessão na qual reinou a expectativa pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que deve elevar os juros em 75 pontos-base na quarta-feira.

Dados mistos da economia americana estiveram no radar, especialmente os de criação de empregos, que ao virem fortes, mostraram que o BC americano não deve arrefecer sua trajetória hawkish tão cedo.

  • Dow Jones: -0,24%, aos 32.653,20 pontos
  • S&P 500: -0,41%, aos 3.856,10 pontos
  • Nasdaq: -0,89%, aos 10.890,85 pontos

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta terça-feira, 1º de novembro, apoiados por um arrefecimento dos temores com a demanda chinesa, em meio a relatos de que o país asiático vai recuar dos bloqueios da política de zero-covid. Além disso, o dólar fraco também fornece suporte à commodity.

O petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 2,12% (US$ 1,84), a US$ 88,37 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o Brent para janeiro de 2023 subiu 1,98% (US$ 1,84), a US$ 94,65 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O contrato mais líquido do ouro fechou em alta nesta terça-feira, 1º novembro, em uma sessão na qual sinalizações sobre a força da demanda estimularam os preços.

Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em alta de 0,55%, a US$ 1.649,70 por onça-troy.

No Ibovespa hoje, o principal destaque do pregão foi Weg (WEGE3), que avançou 8,36%. Além disso, SLC Agrícola (SLCE3) também entrou na lista das maiores altas, com variação de +2,48%, e a Vale (VALE3) subiu 2,22%. A Yduqs (YDUQ3) subiu 1,75% e CSN (CSNA3) ganhou 1,63%.

As maiores quedas da sessão ficaram com Locaweb (LWSA3), que desabou 10,12%, Magazine Luiza (MGLU3), com baixa de 8,86% e Positivo (POSI3), que teve uma forte desvalorização de 8,56%. CVC (CVCB3) caiu forte em 7,62%, enquanto Via (VIIA3) variou -7,59%

Maiores altas do Ibovespa:

Maiores baixas do Ibovespa:

Outras notícias que movimentaram o Ibovespa

  • IRB: Genial corta preço-alvo e recomenda venda
  • Petrobras recupera R$ 439 milhões por acordos de leniência
  • Possibilidade de privatização da Copel faz ações dispararem

IRB: Genial corta preço-alvo e recomenda venda

Com o prejuízo líquido de R$ 164,5 milhões em agosto do IRB (IRBR3), a empresa acumulou um prejuízo de R$ 224 milhões nos dois primeiros meses do 3T22.

Desse modo, a Genial Investimentos considerou que o mês de setembro também foi um mês de quedas, mas manteve a recomendação de venda, cortando o preço-alvo de R$ 1,20 para R$ 0,99.

O relatório da empresa diz que “achávamos que o 3T22 poderia vir com uma melhora nos resultados do IRB já que seu maior cliente, a BB Seguridade (BBSE3), havia reportado uma melhora substancial no seguro agrícola no 2T22”.

O texto ainda complementa que “após esses comunicados, ficou claro que a situação continua bem desafiadora para o IRB e o processo de recuperação deverá acontecer gradualmente”.

A companhia captou R$ 1,2 bilhão em novas ações, mas o prejuízo do terceiro trimestre de 2022 vai continuar consumindo capital. Além disso, no acumulado de 2022 o IRB registrou queda de 70% nas ações.

Petrobras (PETR4) recupera R$ 439 milhões por acordos de leniência

A Petrobras recebeu no 3T22 a devolução de aproximadamente R$ 439 milhões, que foram recuperados por acordos de leniência de empresas como Camargo Corrêa, Novonor (antiga Odebrecht) e SBM, assim como um acordo de colaboração de Pedro Barusco.

Com essas devoluções, o total de recursos que já foram transferidos para a Petrobras de acordos de colaboração, leniência e repatriações, passou a marca de R$ 6,7 bilhões.

A Camargo Corrêa realizou a devolução de R$ 235,6 milhões para a Petrobras em outubro e outros R$ 6,9 milhões à Transpetro, contemplada nesse mesmo acordo de leniência. A empresa também devolveu R$ 88 milhões recebidos anteriormente, que correspondem a algumas das parcelas do montante total que deve ser devolvido.

Já a Novonor pagou R$ 71,3 milhões à Petrobras e outros R$ 728 mil para a Transpetro, que corresponde a parte do total a ser devolvido. O valor deve ser pago através de 22 parcelas anuais.

Possibilidade de privatização da Copel faz ações dispararem

O governo do Paraná tem se movimentado na direção de uma eventual privatização da Copel. O governo do estado solicitou ao Conselho de Controle das Empresas Estaduais (CCEE) informações técnicas para subsidiar um modelo de operação no mercado de capitais.

Depois dessa notícia, as ações da Copel subiram forte no Ibovespa hoje, sendo o principal destaque de alta da sessão. Apesar disso, não foi concedido mais detalhes sobre uma possível privatização da Copel, mas o mercado vê essa hipótese como a de maior probabilidade.

Segundo analistas do Bradesco BBI, “esse movimento pode ser interpretado como, pela primeira vez, o Paraná olhando para a possibilidade de privatizar a Copel, ou pelo menos vender partes da empresa”.

O objetivo do governo do Paraná é de “otimizar o investimento do Estado na companhia”, de modo a preservar a participação societária relevante.

O modelo deve exigir aprovação dos acionistas da Copel, que provavelmente seria votado em assembleia, conforme a legislação e regulamentos atuais.

Cotação do Ibovespa nesta segunda (31)

O Ibovespa terminou o pregão desta última segunda-feira (31) em alta de 1,31%, aos 116.037,08 pontos.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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João Vitor Jacintho

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