Ibovespa fecha estável e escapa da sétima baixa seguida; Bradesco (BBDC4) cai e Vale (VALE3) sobe

O Ibovespa encerrou a sessão de hoje (18) praticamente estável, com uma valorização de 0,02%, aos 124.196,18 pontos. O índice registrou a mínima de 123.396,53 pontos, enquanto a máxima foi de 125.140,22 pontos. Já o volume financeiro totalizou R$ 21,7 bilhões.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/05/Lead-Magnet-1420x240-1.png

O Ibovespa esboçou recuperação na parte inicial da sessão, e não conseguiu reter o sinal positivo ao longo da maior tarde da tarde, período no qual os índices de Nova York também devolveram os ganhos observados mais cedo. Contudo, o índice da B3 evitou, no fechamento, que a sequência negativa chegasse hoje à sétima sessão.

O Ibovespa esboçou recuperação na parte inicial da sessão, e não conseguiu reter o sinal positivo ao longo da maior tarde da tarde, período no qual os índices de Nova York também devolveram os ganhos observados mais cedo. Contudo, o índice da B3 evitou, no fechamento, que a sequência negativa chegasse hoje à sétima sessão.

Na semana, o Ibovespa cai 1,39% e, no mês, recua 3,05%, elevando a perda acumulada no ano a 7,44%.

Além do Ibovespa hoje, as Bolsas de Valores de Nova York fecharam sem uma direção definida.

  • Dow Jones: +0,06%, aos 37.777,81 pontos;
  • S&P500: -0,22%, aos 5.011,16 pontos;
  • Nasdaq: -0,52%, aos 15.601,50 pontos.

No momento em que os mercados globais continuam a tomar o pulso de todo sinal sobre a política monetária nos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve (Fed) de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou hoje que pode ser que não haja como reduzir as taxas de juros até o fim do ano. Em evento, ele apontou que a inflação segue mais alta do que o normal no país, e que o caminho para a meta oficial, de 2% ao ano para a variação de preços, deve ser mais lento do que se esperava.

“Em termos da nossa política monetária, a minha visão é de que as coisas serão lentas o suficiente este ano, que não estaremos em posição de reduzir nossas taxas de juros em direção ao fim do ano. Vou deixar as coisas acontecerem. As duas palavras que eu tenho usado esses dias são: grato e vigilante. Estou grato que a economia esteja crescendo rápido, que a inflação esteja caindo de suas altitudes, mas preciso estar vigilante”, disse Bostic, acrescentando que “coisas surpreendentes podem ocorrer quase em base mensal” e que “é preciso estar preparado para o inesperado, e incorporar esse aspecto no modelo”.

Enquanto isso, o dólar à vista encerrou a sessão de hoje (18) com alta de 0,12%, cotado a R$ 5,2502. Na mínima, a moeda dos Estados Unidos atingiu R$ 5,2293, enquanto o preço máximo alcançou R$ 5,2784.

Aqui, “o Ibovespa reverteu o movimento da manhã, ainda repercutindo as falas de ontem do Roberto Campos Neto, presidente do BC, no sentido de desaceleração do ritmo de cortes da Selic já na próxima reunião do Copom, em maio. E, no cenário internacional, também se mantém a cautela de forma geral, com sinalizações piores sobre a política monetária, especialmente nos Estados Unidos”, diz Gustavo Harada, chefe da mesa de renda variável da Blackbird Investimentos.

Nesse contexto, ele destaca que a atenção do mercado tende a ser redobrada nas próximas leituras de dados econômicos, no Brasil e no exterior, pelo grau de incerteza maior com relação aos juros, o que pode suscitar volatilidade.

Elcio Cardozo, especialista em mercado de capitais e sócio da Matriz Capital, comenta que a Bolsa de Valores hoje teve uma sessão de grande volatilidade. No começo do dia, o índice chegou a operar em alta, porém reverteu e passou a operar em leve queda durante a tarde.

“Estamos no sexto dia seguido de queda e isso pode ser explicado pela soma de diversos fatores. Na minha visão, os dados de inflação e da atividade dos Estados Unidos ainda demonstram sinais de força e, com isso, algumas casas já indicam que é possível que sequer haja corte de juros nos EUA neste ano”, explica Cardozo.

Ainda em Washington para os encontros de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou hoje haver muita liquidez no mundo, o que não impede a possibilidade de reversão em algum momento – o que impactaria os países emergentes e também o crédito privado, alertou.

“A gente pode ter, em algum momento, um efeito oriundo dessa rolagem de dívida muito alta, que acabe gerando falta de liquidez, uma menor liquidez, tanto no mundo emergente como nos países de baixa renda, com implicação também para o crédito privado”, disse Campos Neto, em entrevista coletiva do G20 Brasil, em paralelo às reuniões de primavera dos organismos financeiros internacionais, na capital americana, reportam a correspondente Aline Bronzati e o jornalista Cícero Cotrim, do Broadcast.

Sobre o mercado interno, Cardozo destaca que ainda há temores de que a taxa terminal do ciclo de baixa da Selic seja maior que a que foi projetada até algumas semanas atrás, podendo ser “algo ruim para os ativos de risco”.

Dentre as ações de maior peso no Ibov, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) tiveram leve alta de 0,18%, enquanto as ações ordinárias (PETR3) apresentaram perdas de 0,24%. Já a Vale (VALE) avançou 0,37%.

O dia também foi marcado pela queda das ações de bancos, com exceção do Itaú (ITUB4), cujas ações preferenciais avançaram 0,13% e as ordinárias (ITUB3) subiram 0,15%.

  • Santander ON (SANB3): – 0,32%
  • Santander PN (SANB4): – 0,42%
  • Santander Unit (SANB11): -0,64%
  • Banco do Brasil (BBAS3): -0,14%
  • Bradesco ON (BBDC3): -0,82%
  • Bradesco PN (BBDC4): -0,43%
  • Itaú ON (ITUB3): +0,15%
  • Itaú PN (ITUB4): +0,13%

Destaques do Ibovespa hoje

As maiores quedas do Índice Bovespa foram de empresas com grande sensibilidade ao movimento de alta nos juros futuros que aconteceram durante os últimos dias. No momento, as maiores baixas são de CVC (CVCB3), Azul (AZUL4) e Locaweb (LWSA3).

Outras empresas como a Cogna (COGN3) e a Cyrela (CYRE3) também marcam as quedas mais acentuadas na movimentação do Ibovespa. Em relação à Azul, Cardozo destaca que existe outro motivo que explica a grande volatilidade de hoje: “Pela manhã, a ação chegou a cair 7% e com a notícia de possibilidade de fusão com a Gol. As ações chegaram a operar no positivo, mas logo depois voltaram a cair”.

Nas maiores altas do Ibovespa estiveram Gol (GOLL4), Totvs (TOTS3) e Assaí (ASAI3). A Gol subiu diante da possibilidade de fusão com a Azul. A Totvs (TOTS3) operou em alta depois que o Itaú BBA relatou seu otimismo com a empresa em 2024.

Maiores altas do Ibovespa

  • Assaí (ASAI3): +2,65%
  • Totvs (TOTS3): +2,47%
  • Localiza (RENT3): +1,82%
  • Alpargatas (ALPA4): +1,80%
  • Sabesp (SBSP3): +1,63%

Maiores quedas do Ibovespa

  • CVC (CVCB3): -4,26%
  • Casas Bahia (BHIA3): -4,17%
  • Azul (AZUL4): -3,82%
  • MRV (MRVE3): -3,31%
  • Locaweb (LWSA3): -3,18%

Último fechamento do Ibovespa

O Ibovespa terminou o pregão de ontem (17) em baixa de 0,17%, aos 124.171,15 pontos.

Com Estadão Conteúdo

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240_TEXTO_CTA_A_V10.jpg

João Vitor Jacintho

Compartilhe sua opinião