Ibovespa oscila, sobe no fim do dia e fecha semana com avanço de 0,29%
O Ibovespa oscilou sem variação significativa nesta sexta-feira (2), em margem de pouco menos de mil pontos entre a mínima (134.355,20) e a máxima (135.275,05), e terminou o primeiro pregão de maio com leve alta, de 0,05%, aos 135.133,88 pontos.

Na semana, o índice da B3 preservou leve avanço no intervalo, de 0,29%, após alta de quase 4% ao longo da semana anterior. O giro financeiro nesta sexta-feira foi a R$ 24,4 bilhões no fechamento.
A sessão foi em geral negativa para as ações de primeira linha, à exceção de Petrobras (PETR3, +2,00%, PETR4, +2,73%, esta na máxima do dia no encerramento), na contramão do sinal do petróleo em Nova York e Londres. Vale (VALE3) teve leve ajuste, ao fim negativo (-0,11%), o que contribuiu para o fechamento perto da neutralidade para o Ibovespa.
As perdas entre os grandes bancos chegaram a 2,11% (Bradesco, BBDC4) e 2,24% (Santander, SANB11, mínima do dia no encerramento), mas a melhora em Itaú (ITUB4, -0,25%) no ajuste final contribuiu para o sinal positivo do Ibovespa.
Ibovespa: confira as altas e baixas do dia
- Maiores Altas
- Maiores Baixas
“Na volta dos negócios após o feriado, o dia foi de retração para o Ibovespa por conta da alta dos juros futuros, com o mercado reduzindo a exposição a risco e buscando a renda fixa, ante a precificação de leve aumento da inflação a partir de maio”, diz Virgílio Lage, especialista da Valor Investimentos.
“O mercado doméstico passou a um movimento mais conservador nessa emenda de feriado prolongado, distanciando-se da recuperação no exterior, em dia sem grandes novidades”, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos. Ele destaca leve rotação de ativos na sessão, em geral de setores que tiveram desempenho favorável em abril, como os elétrico, de consumo e financeiro, para o de commodities — que havia ficado para trás, no mês, em função das dúvidas sobre uma recessão global a partir da guerra tarifária iniciada nos Estados Unidos.
Como pano de fundo, além do payroll, a possibilidade de EUA e China se sentarem à mesa para discutir as tarifas contribuiu para a relativa retomada do apetite por risco nesta sexta-feira nos mercados americano e europeus, aponta Moliterno.
Bolsas de Nova York fecham em alta após dados econômicos
As bolsas de Nova York tiveram ganhos robustos nesta sexta, impulsionadas por notícias de possíveis progressos nas relações comerciais entre os Estados Unidos e a China, além do relatório de emprego de abril (payroll), que superou as expectativas.
O Dow Jones subiu 1,39%, aos 41.316,7 pontos; o S&P 500 avançou 1,47%, para 5.686,61 pontos; e o Nasdaq teve alta de 1,51%, alcançando 17.977,73 pontos. Na semana, os índices registraram valorização de 3,00%, 2,92% e 3,42%, respectivamente.
Os dados econômicos dos EUA de abril sugeriram uma economia resiliente, mesmo diante da política tarifária de Donald Trump. O cenário comercial também foi favorável, com os esforços dos EUA para fechar novos acordos e a disposição da China de retomar as negociações, o que estimulou a demanda por ativos de risco.
No cenário corporativo, as ações da Apple caíram 4,22%, apesar de lucros e receita do iPhone superarem as expectativas. Os investidores focaram nos comentários do CEO Tim Cook, que alertou sobre um impacto de US$ 900 milhões em custos adicionais no trimestre encerrado em junho devido às tarifas.
As ações da Amazon subiram 0,18%, após terem avançado mais de 1% durante o pregão, impulsionadas pela divulgação de lucros e receita acima do esperado no primeiro trimestre. Contudo, o desempenho abaixo do previsto na área de serviços em nuvem limitou os ganhos.
Com Estadão Conteúdo