Ibovespa tem queda leve, mas segue acima de 139 mil pontos e sobe 1,96% na semana

Um dia após registrar recorde histórico de fechamento, o Ibovespa registrou leve queda nesta sexta-feira (16), mas se manteve acima da barreira simbólica de 139 mil pontos. O índice da B3 fechou o dia com recuo de 0,11%, aos 139.187,39 pontos, e terminou a semana com alta de 1,96% em comparação com o resultado da semana passada.

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É o sexto avanço semanal consecutivo para o Ibovespa, igualando em extensão a série vista na passagem de outubro para novembro de 2023. O giro financeiro nesta sexta-feira de vencimento de opções sobre ações subiu a R$ 29,2 bilhões. No mês, o índice ganha 3,05% — no ano, a alta é de 15,72%.

Para Bruna Centeno, economista, sócia e advisor na Blue3 Investimentos, o Ibovespa teve um dia em boa parte condicionado pelo setor financeiro, a despeito da forte queda do Banco do Brasil (BBAS3), de 12,69%, no dia seguinte à divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2025.

Com agenda macro relativamente esvaziada neste fechamento de semana, o mercado de ações reagiu de forma discreta aos temores de um possível descontrole fiscal do governo nos próximos meses, que acabaram impactando mais fortemente a cotação do dólar.

O BB informou um lucro líquido de R$ 7,374 bilhões no 1T25, redução de 20,7% em comparação ao mesmo período de 2024. Além disso,  suspendeu suas projeções para o ano, diante da mudança das normas contábeis a que os bancos brasileiros devem obedecer. As novas regras, mais rigorosas em determinados pontos relacionados à inadimplência, chegaram em um momento em que o agro, uma das principais carteiras do banco, vive uma piora na qualidade de ativos, intensificada por pedidos de recuperação judicial.

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Ibovespa: confira as principais altas e baixas do dia

Entre as ações das maiores instituições financeiras, no entanto, apenas o Santander (SANB11, -1,05%) também fechou o dia no campo negativo. O Itaú Unibanco (ITUB4) registrou alta de 0,58% e o Bradesco teve ganhos de 0,75% em BBDC3.

O fechamento foi misto para Petrobras (PETR3, -0,12%; PETR4, +0,47%) e de alta marginal para Vale (VALE3, +0,07%). Na ponta ganhadora do Ibovespa, o destaque foi a Marfrig (MFRG3, +21,35%), após o anúncio da fusão com a BRF para formar a MBRF Global Foods Company.

“A nova empresa terá presença global em 117 países, com marcas consolidadas como Sadia, Perdigão e Qualy, e a expectativa de sinergias anuais de até R$ 805 milhões, o que trouxe um fôlego para o setor”, explicou Inácio Alves, analista da Melver.

Em Nova York, semana termina com forte alta

As bolsas de Nova York fecharam em alta, com o S&P 500 registrando sua quinta sessão consecutiva de ganhos, mesmo diante de uma nova queda na confiança do consumidor norte-americano em pesquisa da Universidade de Michigan. Todos os índices fecharam a semana também em alta.

Confira os resultados das bolsas norte-americanas: 

  • Dow Jones: 42.654,74 (+0,78%; +3,41% na semana)
  • S&P 500: 5.958,38 (+0,70%; +5,27% na semana)
  • Nasdaq: 19.211,10 (+0,52%; +7,15% na semana)

O setor de tecnologia foi destaque no acumulado da semana, com a Nvidia saltando mais de 16%. A Meta Platforms subiu cerca de 8%, a Apple ganhou 6,5% e a Microsoft avançou 3,7%. A Netflix subiu 1,15% e renovou sua máxima histórica, cotada a US$ 1.191,53, superando pela primeira vez os US$ 500 bilhões em valor de mercado.

Com Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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