Ibovespa abre em alta de 0,6%; vacina e conflito sino-americano no radar

O Ibovespa abriu a semana em alta nesta segunda-feira (14), impulsionado pelo cenário exterior, pela retomada dos testes da vacina contra o novo coronavírus (Covid-19), que está sendo produzida pela AstraZeneca, e diminuição das tensões entre Estados Unidos e China, com a venda do TikTok mais próxima. Além disso, o contexto interno econômico também segue no radar dos investidores.

Por volta das 10h11, a cotação do Ibovespa subia 0,61%, para 98.962,16 pontos. O mercado recebe com otimismo a informação da retomada dos testes da vacina que está sendo produzida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, que havia sido interrompida na última semana devido à uma reação adversa em um dos voluntários.

“Dezoito mil pessoas receberam vacinas do estudo ao redor do mundo. É natural que alguns participantes tenham reações adversas. Todos os casos devem ser avaliados com cuidado para garantir a segurança do processo”, informou Oxford em nota.

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No Brasil, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que lidera as pesquisas, informou que os estudos também devem ser retomados no País, após a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Comitê Nacional de Ética e Pesquisa (Conep). A Anvisa já foi informada por Oxford sobre a retomada dos testes, mas ainda espera a Autoridade Sanitária do Reino Unido, responsável pela liberação.

Além disso, os investidores também mostram-se otimista com a proximidade do fim das tensões entre Estados Unidos e China por conta da operação do aplicativo TikTok em território norte-americano. A controladora Bytedance rejeitou a oferta da Microsoft e escolheu a Oracle para administrar as operações do aplicativo chinês no país.

A holding foi obrigada a se desfazer do controle total do aplicativo em função da guerra comercial sino-americana. O presidente Donald Trump ameaçou fechar a plataforma de vídeos curtos no país. O mandatário acusa, sem provas, o TikTok de ser uma arma a favor do governo chinês para captar dados dos cidadãos norte-americanos. Os futuros de Nova York operam em alta de mais 1% nesta manhã.

No cenário interno, o mercado avalia as expectativas do Boletim Focus para o futuro da economia do Brasil neste ano. Na publicação desta segunda-feira, os especialistas ouvidos pelo Banco Central (BC) estimam que o Produto Interno Bruto (PIB) do País cairá 5,11% neste ano. Além disso, essa é a quinta semana consecutiva em que o mercado prevê um aumento na inflação de 2020, chegando a 1,94%.

Além disso, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), prévia do PIB, teve alta de 2,15% em julho na comparação com junho, segundo dados divulgados pelo BC nesta segunda-feira. Segundo a agência de notícias “Reuters”, a expectativa era por uma alta de 3,40%.

Giro corporativo

A Ser Educacional (SEER3) informou ao mercado, no último domingo (13), por meio de um fato relevante, que avançou nas negociações com os ativos do Grupo Laureate no Brasil e chegou a um acordo com a Laureate Education, Inc. A possível combinação dos negócios da SER e da Laureate no Brasil, ao todo, custaria cerca de R$ 4 bilhões à companhia.

A companhia do setor de educação afirmou em seu comunicado ao mercado que a transação possui forte racional estratégico, já que, quando concretizada, consolidará a posição da Ser entre os maiores grupos de ensino superior privado do Brasil.

A JBS (JBSS3) foi multada pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos por não proteger seus funcionários da exposição ao coronavírus. A Administração de Segurança e Saúde Ocupacional (OSHA), ligada ao órgão público, propôs uma multa de US$ 15.615,00 à empresa, segundo um documento publicado na última sexta-feira (11).

A companhia brasileira recebeu a pena máxima permitida por lei por violar esta norma. Ademais, de acordo com a OSHA, a empresa não forneceu a um representante autorizado dos funcionários os registros de lesões e doenças em tempo hábil após a inspeção realizada pela organização em maio.

Mercados no exterior

Confira o desempenho dos principais índices acionários no exterior, além do Ibovespa agora:

  • Nova York (S&P 500) futuro: +1,24%
  • Londres (FTSE 100): +0,15%
  • Frankfurt (DAX 30): +0,07%
  • Paris (CAC 40): +0,49%
  • Milão (FTSE/MIB): +0,09%
  • Xangai (SSE Composite): +0,57% (fechada)
  • Tóquio (Nikkei 225): +0,65% (fechada)

Última cotação do Ibovespa

De forma distinta ao Ibovespa hoje, o índice acionário encerrou as negociações na última sexta-feira com uma queda de 0,48%, a 98.363,219 pontos.

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Jader Lazarini

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