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Suzano (SUBZ3) lidera baixas do Ibovespa em maio; confira as 5 maiores quedas

Apesar de o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) ter fechado o mês de maio com um desempenho positivo acumulado de 6,16%, algumas das principais empresas listadas no Ibovespa registraram desvalorização em suas ações.

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Entre as maiores baixas estão empresas de commodities, como Usiminas e Suzano, que são grandes exportadoras e se ressentem da valorização do real. Além disso, empresas de tecnologia também estão entre as maiores quedas, em meio ao movimento de saída dos investidores de papéis do setor.

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Desse modo, salientando que esta matéria não é uma recomendação de investimento, confira as cinco ações do Ibovespa que desvalorizaram no mês de maio.

Veja as ações que mais caíram no mês passado:

1º Suzano lidera baixas do Ibovespa

No primeiro lugar da lista de ações mais desvalorizadas está a Suzano. No dia 30 de abril, último pregão do mês, os papéis encerraram negociados a R$ 68,67. Por sua vez, no último dia de negociação de maio, segunda-feira (31), a ação era negociada a R$ 60,73. Portanto, os papéis desvalorizaram 11,56%.

A queda nos ativos da Suzano é acompanhada, em parte, pelo movimento de baixa do dólar, que no mês de maio acumulou queda de 3,81%. Além disso, os papéis da empresa de celulose também foram impactados pela saída do BNDES Participações da principal concorrente, a Klabin.

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vendeu aproximadamente 25% de sua posição na Klabin (KLBN11), somando cerca de R$ 600 milhões em seu montante de desinvestimentos.

2º Usiminas

Em segundo lugar entre as ações mais desvalorizadas de maio está a Usiminas, que passou por um movimento de realização, após forte valorização nos últimos meses.

O papel USIM5, no último pregão de abril, era negociado a R$ 22,45. Já no último dia de negociação de maio, segunda-feira (31), o papel foi cotado a R$ 19,86. Com essa variação, os papéis da companhia apresentaram uma desvalorização de 11,54%.

Os ativos da Usiminas foram impactados após as medidas da China para tentar conter o avanço dos preços das commodities metálicas. Em meados do mês passado, o país asiático disse que tomaria medidas para evitar que o aumento dos preços das commodities fosse repassado aos consumidores.

O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, prometeu elevar a oferta doméstica para desacelerar os preços, uma supervisão mais rigorosa dos mercados à vista e de futuros, além de reprimir a especulação e apostas em grandes volumes. O alerta pressionou ainda mais para baixo as cotações das commodities e também atingiu os preços das ações de empresa brasileiras que utilizam as commodities como matéria-prima

3º Banco Inter

O Banco Inter ocupa o terceiro lugar na lista de ações mais desvalorizadas no mês. Os papéis da instituição financeira foram negociados no último pregão de abril a R$ 77,23, e no último pregão de maio, ficaram cotados a R$ 68,33. Dessa forma, no quinto mês do ano as ações da companhia desvalorizaram 11,52%.

Os papéis do Banco Inter foram impactados por um movimento internacional de realização de investimentos no setor de tecnologia, em meio a uma alta dos juros futuros dos títulos americanos (Treasuries) de longo prazo. A saída dos investidores deste mercado se dá em meio ao temor do mercado sobre a pressão inflacionária nos Estados Unidos.

4º B2W

A B2W aparece em quarto lugar na lista de maiores quedas do Ibovespa em maio. Em 30 de abril, as ações eram negociadas a R$ 67,32, por sua vez, no último pregão de maio, os papéis estavam cotados a R$ 33,11. Com isso, as ações apresentaram uma desvalorização de 11,24%.

A companhia apresentou prejuízo de R$ 163,6 milhões no primeiro trimestre de 2021, contra um prejuízo de R$ 108 milhões apurado no mesmo período em 2020. Já a receita líquida da B2W, somou R$ 2,942 bilhões nos três primeiros meses do ano, o que representa uma alta de 73,5%, quando comparada com a receita de R$ 1,696 milhões apurada no trimestre equivalente no ano passado.

Entre os meses de janeiro e março deste ano, o Ebitda (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) ajustado da companhia de comércio eletrônico atingiu R$ 129,4 milhões, correspondendo a um avanço de 1,4% em comparação aos R$ 127,6 milhões apurados um ano antes.

Além do balanço dos primeiros três meses do ano não ter animado o mercado, existe um temor em relação ao avanço de players internacionais, como Mercado Livre (MELI34) e Amazon (AMZO34), que estão dando sinais de um maior interesse em atuar no Brasil.

5º Locaweb

A Locaweb está em quinto e último lugar do ranking de cinco ações mais desvalorizadas em maio. A empresa encerrou o último pregão de abril a R$ 28,77, na segunda-feira (31), estava a R$ 26,16. Dessa forma, a companhia viu seus papéis despencarem 9,07%.

Assim como outras empresas de tecnologia, como o caso do Banco Inter, a Locaweb foi afetada pela alta de juros norte-americanos. A companhia tem sido impactada pelo cenário negativo internacional, porém ainda assim, o mercado reitera visão positiva com a Locaweb devido à divulgação de seus dados sobre o primeiro trimestre deste ano.

A empresa apurou lucro líquido ajustado de R$ 9 milhões, ante R$ 5,1 milhões do mesmo período de 2020. Os analistas do BTG Pactual destacam que  a companhia teve outro forte trimestre, e contribuição positiva das fusões e aquisições.

Investir em ações do Ibovespa

Antes de qualquer investimento em ações é importante ressaltar que quitar as dívidas deve sempre ser a prioridade. Os analistas da SUNO Research sempre salientam que é necessário antes poupar dinheiro para depois investir no Ibovespa, e nunca se endividar para investir ou investir endividado.

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Poliana Santos

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