Guerra comercial tem nova trégua após encontro entre Trump e Xi

Os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, tiveram o esperado encontro neste sábado (29) durante a cúpula do G20. Na reunião, os mandatários concordaram com uma nova trégua na guerra comercial. As informações são da agência “Ansa”.

A China e os EUA também concordaram com o retorno das negociações. Assim, demonstram engajamento para que as nações cheguem a um acordo e encerrem a guerra comercial. A nova trégua não tem período definido.

A reunião durou cerca de 80 minutos em Osaka, no Japão, na 14ª cúpula do G20. Esta é a segunda trégua acordada entre os países.

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“Tivemos uma ótima reunião com o presidente chinês, Xi […]. Diria que foi excelente. Voltamos a um bom caminho”, disse o mandatário dos EUA.

“Por enquanto, não haverá novos aumentos de impostos, mas as negociações serão retomadas”, afirmou Trump. Em adendo, o mandatário também liberou a Huawei, gigante chinesa de tecnologia, para comprar de fornecedores norte-americanos “onde não houver grandes problemas com a segurança nacional”.

Conforme a agência “Xinhua”, a retomada das negociações será  “sobre a base da igualdade e do respeito mútuo”.

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Huawei e a guerra comercial

A Huawei entrou na “lista negra” de Trump, como uma empresa que possivelmente estaria ligada à espionagem. Isto devido ao trabalho de implantação da rede 5G e de seus contratos com empresas do Irã.

Deste modo, a Huawei teve os negócios com o Google suspensos. O buscador do Grupo Alphabet fornecia o uso de seu sistema operacional Android para smartphones da Huawei. Após a quebra da relação, a Huawei decidiu desenvolver o próprio sistema.

Por conta da suspeita de que a Huawei estaria realizando serviços de espionagem nos Estados Unidos, a filha do fundador da chinesa Ren Zhengfei, e também CFO da gigante, Meng Wanzhou, foi presa no Canadá em 5 de dezembro de 2018.

Assim teve início um conflito diplomático entre EUA e China.

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História entre as nações

No início da reunião, Xi comentou com Trump que ambos estavam sentados perto do local onde 48 anos atrás atletas chineses e norte-americanos se enfrentaram no tênis de mesa e abriram a porta para a “diplomacia do ping-pong” entre as duas potências.

Antes da reunião entre Trump e Xi

Antes do encontro, Trump declarou que “seria histórico se pudéssemos alcançar um acordo comercial justo”. E completou que estava “totalmente aberto a isto”. Por sua vez, Xi opinou que “o diálogo” é preferível à “confrontação”.

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Além disso, o presidente dos EUA manteve postura otimista antes da reunião, dizendo que esperava que a mesma fosse “produtiva”. Alinhado com Trump, Xi também mostrou postura semelhante, e alegou que esperava “resultados positivos”, contanto que Washington entendesse as “preocupações legítimas” de Pequim.

Guerra comercial em 2019

A primeira trégua estabelecida entre a China e os EUA ocorreu na 13ª cúpula do G20 em Buenos Aires, na Argentina. Em 1º de dezembro de 2018, os presidentes Trump e Xi definiram que não aplicariam tarifas alfandegárias sobre a importação do país oposto pelo período de 90 dias.

A trégua foi cumprida, e teve fim em 1º de março deste ano. Assim, no início de maio, Trump voltou a ameaçar a China com novas taxas sobre a importação de produtos de alta tecnologia, por conta das dificuldades em se chegar em um acordo comercial com o país asiático.

Saiba mais – Trump eleva tarifas em US$ 200 bilhões; China afirma retaliar 

Em 10 de maio, a ameaça foi cumprida. E Trump elevou as tarifas alfandegárias de 10% para 25% sobre cerca de US$ 200 bilhões de produtos importados chineses.

Como retaliação, e dando gás à guerra comercial, a China impôs taxas de 20% a 25% sobre US% 60 bilhões da importação norte-americana, três dias depois.

Amanda Gushiken

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