Com avanço da covid-19, Gol (GOLL4) vê pior cenário no inicio de 2021

Com a pandemia da covid-19 voltando a acelerar no Brasil, com recordes de casos e mortes sendo batidos sequencialmente, forçando autoridades a imporem novas medidas de restrições, a Gol (GOLL4) anunciou uma atualização das suas projeções para o inicio de 2021, com uma interrupção da “retomada”, e inclusive, com um pior desempenho operacional na comparação com o último trimestre de 2020.

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Agora, a companhia espera uma receita operacional líquida de R$ 1,7 bilhão para os três primeiros meses de 2021, menos do que os R$ 2,4 bilhões previstos anteriormente para o período e caindo na comparação com o R$ 1,9 bilhão registrado no último trimestre do ano passado.

A oferta (ASK), deve ficar em 7,1 milhões no mercado interno, frustrando a perspectiva anterior de recuperação, quando 9,4 milhões eram previstos, e diminuindo na comparação com o fim de 2020, quando 7,6 milhões de assentos foram disponibilizados.

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Entre janeiro e março, a Gol afirma que deve operar cerca de 159 rotas domésticas, ante 161 no fim de 2021 e postergando o lançamento previsto de seis novos trajetos.

Avanço da covid-19 no Brasil deixa Gol mais longe também de retomar voos internacionais

Além dos voos internos, o avanço da pandemia no Brasil deixa a Gol ainda mais longe de retomar os seus voos internacionais, suspendidos desde março do ano passado, mesmo com a melhora da covid-19 no cenário mundial. O Brasil se tornou, para vários países, uma “zona de risco” e a proibição de voos deve ser mantida.

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Com a menor demanda, a Gol pretende diminuir a sua frota operacional média de 91 aeronaves para 74. Sem o avanço da doença, a empresa esperava manter 102 aeronaves em operação nesse início de ano.

Com os piores desempenhos operacionais, a companhia deve ter um consumo líquido de caixa de R$ 3 milhões por dia, mais do que os R$ 2 milhões anteriormente previstos e revertendo o saldo positivo de R$ 3 milhões por dia do último trimestre de 2020.

A dívida líquida da Gol deve agora saltar para R$ 14,3 bilhões, ante previsão de R$ 13,1 bilhões na último guidance, e sua alavancagem, medida pela relação entre a dívida líquida e o Ebtida (DL/Ebitda) para 17 vezes, muito maior do que a projeção de oito vezes divulgada anteriormente.

A Gol projeta também uma piora de cenário para a economia brasileira: o crescimentos primeiros três meses agora é projetado em 1%, antes 3% esperados anteriormente.

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Vitor Azevedo

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