Gol (GOLL4) estima prejuízo de R$ 1,8 por ação; papéis caem 11,7% e lideram baixas no Ibovespa

A Gol (GOLL4) atualizou suas estimativas para o resultado do segundo trimestre de 2022 (2T22). Agora, a companhia aérea projeta um prejuízo por ação (LPA) de R$ 1,801, assim como um prejuízo por ação depositária americana (LPADS) de cerca de US$ 0,751.

Recentemente a Gol (GOLL4) anunciou uma 'fusão' com a Avianca; entenda

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O guidance da Gol foi divulgado por meio de atualização ao investidor arquivada na manhã desta segunda-feira (11) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Reagindo aos números, os investidores penalizam as ações da Gol com uma pressão vendedora. Os papéis GOLL4 fecharam em queda de 11,79% e lideraram baixas no Ibovespa.

Vale lembrar que a companhia soma uma baixa de 17,4% somente nos últimos 30 dias.

Ainda segundo o documento de guidance da Gol, a companhia cita que a margem EBITDA no 2T22 está estimada em aproximadamente 10%.

“A receita unitária de passageiros (PRASK) esperada para o segundo trimestre é maior em aproximadamente 50%, comparada ao mesmo período do ano anterior, impulsionada pela forte recuperação de viagens corporativas nas malhas domésticas e regionais da GOL e a retomada de viagens de lazer na malha internacional”, diz o documento arquivado na CVM.

A companhia aérea aponta que a receita da Smiles foi maior em 48% em comparação ao mesmo período de 2019 com um crescimento na base de clientes de 25% versus 2T19.

Já a receita unitária total (RASK) tem um crescimento estimado em 40% neste mesmo período.

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Além disso, a alavancagem financeira da Gol (razão entre Dívida Líquida e EBITDA) fechou em cerca de 10x no fim de junho. A liquidez total no final do trimestre está estimada em R$3,6 bilhões, diz a Gol.

Por sua vez, o custo unitário ex-combustível (CASK Ex-combustível) deverá reduzir aproximadamente 40% no comparativo com o 2T21. A gestão da Gol justifica que essa mudança deve se dar por conta do aumento de produtividade (ASKs. utilização de aeronaves e eficiência operacional) e apreciação da moeda brasileira versus o dólar americano no período.

“Os custos unitários com combustíveis (CASK Combustível) deverão apresentar aumento de 73% comparativamente ao 2T21, impactado pelo aumento do preço médio do querosene de aviação (QAV) em aproximadamente 80%, parcialmente compensado por uma redução de aproximadamente 6% no consumo de combustível por hora operada devido a maior parcela da frota composta pelas aeronaves 737-MAX”, diz o documento da Gol.

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Veja os números da prévia operacional da Gol

A companhia teve um mês de junho em crescimento e seguindo a retomada do setor aéreo, com uma oferta de assentos por quilômetros voados (ASK) aumentando em 68,6% na comparação com igual período do ano anterior, segundo documento publicado ainda na semana anterior.

O total de assentos cresceu em 74,1% e o número de decolagens subiu 79,6% no comparativo anual. Além disso, a demanda total (RPK) da GOL aumentou em 54% e a taxa de ocupação foi 76,7%.

A companhia aérea destaca que a alta da oferta também ocorreu no mercado doméstico, com crescimento do ASK em 55,6% ante 40,6% de alta na demanda (RPK).

Já a taxa de ocupação doméstica da Gol foi de 75,7%, enquanto o volume de decolagens aumentou 73,9% e o total de assentos cresceu 68,6%.

A administração da Gol não teceu comentários sobre os números na ocasião da divulgação.

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Eduardo Vargas

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