Gerdau (GGBR4): lucro líquido do quarto trimestre cresce nove vezes na base anual

A Gerdau (GGBR4) registrou um lucro líquido de R$ 1,057 bilhão no quarto trimestre de 2020, mais de nove vezes maior do que os R$ 102 milhões registrados no mesmo período de 2019. No consolidado do ano, o avanço foi de 96%, saindo de R$ 1,2 bilhão para R$ 2,3 bilhões. Os números, segundo a companhia, foram impulsionados pelo câmbio e, nos últimos três meses do ano, pelo aumento das vendas.

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A receita líquida da Gerdau saltou 43%, indo de R$ 9,5 bilhões para R$ 13,6 bilhões. No acumulado do ano, esse número ficou em R$ 43,8 bilhões, ante R$ 39,6 bilhões em 2019.

O EBITDA ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 3 bilhões para o período de outubro a dezembro, avançando 169% na base anual. No ano, a diferença foi de 34%. A Gerdau pontua ainda que teve o melhor EBITDA para um período de três meses da sua história, com esse número R$ 3,25 bilhões no quarto trimestre.

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Mesmo com o avanço dos resultados, a Gerdau viu sua produção de aço bruto e suas vendas recuarem em 2020 na comparação com 2019. Foram, ao longo do ano, 12,1 milhões de toneladas produzidas, queda de 2%, e 11,4 milhões de toneladas vendidas, queda de 5%. No quarto trimestre, entretanto, os números sugerem uma recuperação, com a produção crescendo 14% e as vendas 5% na comparação com a base anual.

Desempenho da Gerdau impulsionado por alta do dólar

A Gerdau pontua que a receita, os lucros e o Ebtida foram influenciados pela depreciação do real, que caiu 31% na comparação com o dólar ao longo do ano, tendo impacto positivo na conversão do que é produzido pela empresa na América do Norte, que representa 38,7% da receita da companhia e também pelo melhor desempenho das vendas no mercado interno.

Houve ainda, segundo a Gerdau, uma “recomposição das margens”, em razão do aumento dos custos da matéria-prima, com o minério de ferro avançando 69% na base anual e a sucata avançando 69%.

Com esses aumentos, as despesas da Gerdau com vendas subiram 41% na comparação com 2019 no quarto trimestre, para R$ 165 milhões.  As despesas gerais e administrativas também avançaram, ficando 36% mais cara, totalizando um custo de R$ 318 milhões, mesmo com o menor volume comercializado.

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A margem Ebitda ajustada saiu de 11,9% no quarto trimestre de 2019 para 22,4% no quarto trimestre de 2020. Na média do ano, a margem foi de 17,6%, também crescendo na comparação com a media de 2019, quando foi de 14,5%.

Ao mesmo tempo em que teve sua receita impulsionada pelo dólar, a Gerdau tentou diminuir suas despesas nessa moeda. A companhia recomprou bonds, gastando R$ 239 milhões, para abrandar sua exposição a moedas estrangeiras. A dívida líquida da companhia agora é de R$ 9,8 bilhões e sua alavancagem ficou em 1,25 vez.

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Vitor Azevedo

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