Futuros de NY operam em alta à espera de resultados de bancos

Os mercados futuros de Nova York operam em alta na manhã desta terça-feira (14), à espera dos resultados trimestrais dos bancos. Os investidores esperam que as instituições financeiras demonstrem o andamento da economia real em meio à pandemia. Os mercados asiáticos e europeus continuam no vermelho.

Por volta das 7h20, os mercados futuros dos EUA operavam no azul. O S&P 500 futuro apresentava uma alta de 0,30%, para 3.157,38 pontos. O mercado à vista do índice das 500 maiores empresas norte-americanas fechou o pregão da última segunda-feira (13) com uma baixa de 0,94%.

O mercado estadunidense aguarda os resultados de J.P. Morgan (NYSE: JPM), Citigroup (NYSE: C) e Wells Fargo (NYSE: WFC) que serão divulgados antes do início das negociações.

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Segundo Luc Filip, chefe de investimentos em bancos privados do SYZ Private Banking, em entrevista ao jornal “The Wall Street Journal”, “os negócios dos bancos refletem a economia real e suas atividades de negociação mostrarão como eles lidaram”. Seus resultados “serão examinados de perto pelos investidores”.

No mesmo horário, o Dow Jones também subia, a 0,40%, para 26.070,0 pontos. Já a Nasdaq recuava 0,26%, a 10.626,88 pontos, próxima da sua alta histórica mesmo após o tombo da última terça. O S&P 500 VIX, “indicador do medo” do mercado norte-americano, que mede a volatilidade dos ativos, caía levemente 2,34%, para 31,08 pontos.

O mercado operou em alta boa parte do pregão da última terça, mas o avanço do novo coronavírus (Covid-19) na Califórnia, o que impediu o plano de reabertura da economia do estado, alertou os investidores.

“Estamos marginalmente em risco hoje, impulsionados pelo mergulho nos EUA”, afirmou Charles Diebel, chefe de renda fixa da Mediolanum International Funds à “Bloomberg”. “O aspecto realmente preocupante para o mercado é realmente que o aumento de infecções nos EUA fará as pessoas se comportarem como um bloqueio, mesmo que estejam se abrindo.”

Na Europa, os investidores mostram-se menos otimistas com a recuperação econômica. Após um relatório divulgado na última terça, aparentemente a produção industrial da zona do euro está retomando suas atividades de forma mais lenta do que o esperado, permanecendo cerca de 20% abaixo do começo do ano.

O DAX 30, índice alemão, operava com uma baixa de 1,65%, a 12.588,40 pontos. O índice francês, CAC 40, registrava -1,77%, para 4.965,09 pontos. O britânico FTSE 100, por sua vez, apresentava um recuo de 0,47%, para 6.146,03 pontos.

Pesquisas recentes mostraram que a recuperação econômica do Reino Unido em maio foi mais fraca do que os economistas estimavam, e a produção industrial da região permanece cerca de 25% abaixo do nível atingido em fevereiro.

O FTSE MIB, índice italiano, operava com uma queda de 1,19%, a 19.778,50 pontos, acima do nível pré-pandemia. O Euro Stoxx 50, maior índice acionário da zona do euro, caía 1,63%, para 3.295,45 pontos.

Na Ásia, os principais índices fecharam em queda devido às maiores tensões entre China e Estados Unidos. O SSE Composite, de Xangai encerrou o pregão com uma baixa de 0,83%, a 3.414,62 pontos.

Na próxima quinta-feira (16), a China divulgará o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, assim como os indicadores econômicos de junho.

Veja também: Coronavírus: Califórnia recua no processo de reabertura da economia

A bolsa do Japão, Nikkei 225 encerrou o pregão com uma baixa de 0,87%. A bolsa de Hong Kong fechou com um recuo de 1,14%. Já KOSPI, mercado da Coreia do Sul, encerrou as negociações registrando -0,11%.

Às 7h50, o petróleo WTI apresentava uma queda de 0,82%, sendo negociado a US$ 39,76 o barril. Por sua vez, o petróleo Brent registrava uma baixa de 0,66%, a US$ 42,44 o barril. As cotações da commodity procuram retomar a tendência de crescimento após a gradual recuperação da demanda pelo produto, enquanto as economias mundiais tentam reabrir.

O mês passado foi de grande otimismo sobre a expectativa da recuperação econômica em resposta à pandemia. Entretanto, o risco de novas ondas de infecções deixam os investidores em alerta, o que se reflete nos mercados futuros e as bolsas globais.

Jader Lazarini

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