Balanços da semana

Futuros de NY e bolsas internacionais operam em alta com estímulos do Fed

O mercado internacional opera em campo positivo nesta terça-feira (16). Os índices futuros de Nova York apresentam alta assim como as bolsas da Europa e o mercado asiático.

Por volta das 7h40, os índices norte-americanos apresentavam valorização em seus indicadores. O futuros Dow Jones tinha alta de 1,98% e o S&P 500 futuro subia a 1,45%. Por sua vez, a Nasdaq operava a +1,40%.

O Federal Reserve (Fed) comunicou na última segunda-feira (15) que incluirá a compra de títulos corporativos individuais para prover liquidez ao mercado financeiro.

Suno One: o primeiro passo para alcançar a sua independência financeira. Acesse agora, é gratuito!

O programa de crédito corporativo do banco central dos Estados Unidos incluía antes somente Exchange-Traded Funds (ETFs, fundos de índice negociados em bolsa). O objetivo do Fed é criar um portfólio em um amplo e diversificar o índice de mercado de bônus corporativo do país.

Além disso, o presidente do Fed em Dallas, Roberto Kaplan,  disse que há uma previsão de contração “significativa e histórica” na economia dos EUA para o segundo semestre antes de começar a se recuperar.

Segundo Kaplan, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cairá no segundo trimestre e deve começar a se recuperar na segunda metade de 2020. Ele também prevê que a taxa de desemprego continue elevada no final do ano e que a inflação permaneça baixa, apesar de alguns preços de alimentos terem subido nos últimos meses.

Por sua vez, o mercado asiático encerrou em forte alta. O principal índice da China, CSI 300, fechou a 1,44%. No Japão a bolsa valorizou 4,88% e Hong Kong encerrou o pregão com 2,39%.

O mercado está atento ao desdobramento da guerra comercial. De acordo com agência de notícias da França (AFP), o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, vai se reunir com um funcionário de alto escalão da China no Havaí, na próxima quarta-feira (17).

Pompeo irá se encontrar com o oficial de política externa chinês Yang Jiechi. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse que “mais informações serão fornecidas quando estiverem disponíveis” e que os dois países estão “mantendo as comunicações por canais diplomáticos”.

Ademais, as autoridades de Pequim diagnosticaram 27 novos casos de infecção por coronavírus nas última 24 horas, elevando para 106 o número de pessoas com covid-19 em cinco dias. A situação de epidemia na cidade da China é “extremamente grave”, disse o porta-voz do prefeito nesta terça (16). O mercado acionário permanece de olho na possibilidade de uma segunda onda de infecções pelo vírus.

Na Europa, os índices das bolsas operam em alta. O Reino Unido subia a 1,89%. A Alemanha apresenta uma valorização de 2% e a França subia 1,87%. A Itália registrava alta de 2,05%.

Após três meses de restrição em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), os países europeus reabriram as fronteiras na última segunda.

A reabertura das fronteiras na zona de livre circulação entre os países da União Europeia, com exceção do Reino Unido, Irlanda, Croácia, Bulgária e Romênia, vai acontecer em ritmos diferentes. França, Bélgica e Grécia reabrem a partir de hoje. Portugal deve esperar até 1° de julho e a Espanha adiou para 21 de julho. Os territórios não estão abertos para visitantes de outros continentes.

O Petróleo WTI subia a 0,61%, sendo negociado a US$ 36,73 o barril. Por sua vez, o Petróleo Brent registrava alta  de 1,76%, a US$ 40,42o barril.

Apesar do otimismo observado nos últimos dias, as bolsas globais e os futuros norte-americanos permanecem atentos às possíveis consequências da pandemia na economia mundial.

Poliana Santos

Compartilhe sua opinião