Fundos de previdência não pagam imposto? Entenda

Os fundos de previdência são costumeiramente procurados por investidores por causa de uma dinâmica de vantagens distinta de outros fundos, como de investimento em ações e renda fixa.

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Um desses benefícios é o nível de ‘isenção’ tributária dos fundos de previdência, que não sofrem incidência do come-cotas – uma cobrança automática de Imposto de Renda em fundos de investimento, feita de forma semestral.

Rodrigo Mendonça, gestor da Valora Investimentos, explica que, além disso, há uma série de vantagens nessa classe de ativo, especialmente olhando para investidores pessoa física. A declaração se deu durante o Gestão Ativa, quadro semanal do YouTube do Suno Notícias.

“Isso talvez seja um dos pontos mais importantes, a dinâmica de tributação no final, em vez do come-cotas semestral. Esse ponto é um dos principais em termos de benefício. O segundo benefício é conseguir deduzir da base de Imposto de Renda esse investimento em fundo de previdência, reduzindo a base e eventualmente pagando menos impostos na declaração”, explica o gestor.

“Outro ponto é a dinâmica sucessória. São produtos que você sequer precisa colocar no inventário em uma questão sucessória. É muito mais simples e fácil se comparado com outro fundo, como um de renda fixa”, completa.

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Menos custos e mais desempenho nos fundos de previdência

Vale lembrar que o mercado de previdência era até então dominado por grandes bancos, cujas taxas tendem a ser relativamente altas, e o desempenho muitas vezes não fica acima de um dos principais benchmarks, o CDI.

CDI que, aliás, é facilmente ‘investível’ por meio da maioria dos bancos, não apresenta riscos e é geralmente o investimento recomendado para reserva de emergência.

“Acho que esse foi um dos grandes problemas dos fundos de previdência dos últimos anos. Foi um mercado muito dominado pela dinâmica dos grandes bancos. O grande problema é que tínhamos grandes produtos com altas taxas e a dinâmica de gestão era muito óbvia, com carteiras títulos públicos com taxas de 1% ou 1,5%”, explica Mendonça, da Valora.

“Um ponto que acho relevante é de que, se lá atrás tínhamos fundos de títulos públicos, hoje temos uma dinâmica mais ativa, com fundos que cobram menos e correm mais risco, com uma dinâmica de retorno diferenciada, com debênture, equity (ações), CRIs ou CRAs. Tem produtos mais baratos e mais competitivos”, segue.

O gestor explica que, na Valora, as taxas ficam de 0,8% a 1,1% no ano, com uma aplicação mínima considerada acessível, de R$ 1 mil, justamente visando investidores de varejo.

Além disso, diz que o mercado de fundos de previdência de um modo geral, em outras gestoras, segue uma dinâmica de custos semelhante.

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Eduardo Vargas

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