Veja os 5 fundos imobiliários que mais subiram em junho; HGRE11 se destaca

Em um mês conturbado para os fundos imobiliários, o IFIX, principal índice de FIIs da B3, encerrou junho com queda de 2,19%. Alguns fundos, entretanto, não se abalaram com as preocupações quanto à tributação dos proventos e fecharam o mês em alta.

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A proposta de taxação em 15% dos dividendos pagos por fundos imobiliários, no âmbito da reforma tributária, pegou a maior parte dos investidores em calças curtas. Mesmo assim, alguns puderam ver seus ativos com desempenho satisfatório em meio ao caos.

Os fundos imobiliários em questão também se sobrepuseram às preocupações da indústria com o ciclo de alta da taxa básica de juros da economia (Selic), que iniciou o ano em 2% e já está em 4,25%.

Veja os fundos imobiliários que mais subiram em junho:

  • FII SP Downtown (SPTW11): +11,52%
  • XP Corporate Macaé (XPCM11): +4,75%
  • General Shopping Ativo e Renda (FIGS11) +3,65%
  • Credit Suisse Hedging-Griffo Real Estate (HGRE11): +3,26%
  • XP Properties (XPPR11): +2,42%

O Suno Notícias procurou encontrar os motivos que podem ter causado as variações de preços destes ativos. Vale ressaltar que esta matéria não configura uma recomendação de investimento.

Recuperação do SP Downtown é o destaque dos fundos imobiliários

Após um período de quatro meses turbulentos, acumulando uma queda de 44%, o SPTW11 liderou as altas do IFIX em junho, subindo 11,52%. O fundo possui apenas um imóvel, o Edifício Comercial Badaró, em São Paulo.

O mês do SPTW11 foi positivamente impactado pela expedição de mandado de um levantamento judicial criado pelo fundo, no valor de R$ 2,87 milhões.

Contudo, o valor total depositado na conta do fundo, de forma atualizada, foi de R$ 3,64 milhões. Depois de pago o imposto no montante de R$ 168,46 mil, o fundo anunciou a distribuição não recorrente de R$ 1,93 por cota.

Hoje, o fundo negocia levemente acima do valor patrimonial por cota, que é de R$ 51,97. O dividendo mensal médio pago nos últimos 24 meses é de R$ 0,77 por cota.

Fundos imobiliários
Foto/Fonte: Status Invest.

Volatilidade dos retornos do XPCM11

O XPCM11, mais uma vez, esteve entre os principais fundos imobiliários do mês. O desempenho das cotas do fundo gerido pela XP tem se mostrado volátil.

Em maio, os papéis caíram quase 6%; em abril, eles subiram 5,14%. Em fevereiro, eles haviam tombado 30%, após terem disparado 16% em janeiro.

A gestora possui apenas um ativo, localizado em Macaé, cidade a 180 km da capital Rio de Janeiro. O monoativo fica fora do eixo corporativo mais movimentado, o que faz com que o preço por metro quadrado praticado seja menor.

Como se não bastasse, o fundo vem procurando se recuperar após a Petrobras (PETR4) rescindir o contrato e deixar o imóvel no fim de 2020.

Fundos imobiliários
Queda do fundo no início do ano pesa sobre as cotas. Foto/Fonte: Status Invest.

FIGS11 surfa retomada da economia

O General Shopping Ativo e Renda (FIGS11) surfou a retomada da economia com o avanço da vacinação no País. No mês, o fundo avançou 3,65%, se destacando entre os fundos imobiliários do IFIX.

O fundo possui dois ativos em seu portfólio: uma participação de 36,5% no Shopping Bonsucesso e de 36,5% no Parque Shopping Maia, em Guarulhos (SP).

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Mesmo assim, a cota ainda negocia bem abaixo do valor patrimonial por cota. O P/VP está em 0,65. Os papéis operam praticamente no zero a zero nos últimos 12 meses.

No dia 15 de junho, o fundo pagou R$ 0,15 em dividendos por cota referente ao mês de maio. Ao todo, foram distribuídos R$ 427,5 mil, com base nas 2,85 milhões de cotas negociadas no mercado.

Fundos imobiliários
Cotas do IFG11 ensaiam recuperação, se destacando dentre os fundos imobiliários do IFIX. Fonte/Foto: Status Invest.

Venda do HGRE11 impulsiona ativo

O HGRE11 também esteve entre os fundos imobiliários que mais subiram em junho. As cotas do fundo encerraram o mês negociadas a R$ 132,85, após um avanço de 3,26%.

O fundo anunciou a venda da totalidade dos conjuntos 51 e 151 do Centro Empresarial Mario Garnero, na área nobre de São Paulo.

A área total dos imóveis é de 1.461,68 metros quadrados, e o preço de venda foi fechado a R$ 22 milhões, perfazendo um preço por metro quadrado de R$ 15.051,17.

O preço é 4,62% superíor ao valor contábil dos imóveis, com base no laudo de avaliação contabilizado em dezembro do ano passado. O fundo informou que o valor recebido integrará a base de cálculo da distribuição dos rendimentos.

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Fonte/Foto: Status Invest.

XPPR11 fecha lista dos principais fundos imobiliários do mês

Fechando a lista dos principais fundos imobiliários do mês, o XP Properties (XPPR11) subiu 2,42% em junho. O fundo é do tipo tijolo, com seus investimentos voltados para lajes corporativas, educação e hospitais.

O fundo possui quatro ativos, um deles, em Pinheiros (SP), está locado para o Nubank. O XPPR11 também se aproveita da retomada econômica, o que permite uma reabertura das atividades presenciais de forma mais intensa. A vacância física em maio, entretanto, estava na casa de 39%.

No dia 15 de junho, o XPPR11 pagou R$ 0,48 por cota, perfazendo uma distribuição total de R$ 2,07 milhões, com base nos 4,32 milhões de papéis em free float.

As cotas do fundo estão sendo negociadas com um deságio de 24% frente ao valor patrimonial por cota. O patrimônio líquido do fundo é de R$ 627,32 milhões.

Fundos imobiliários
Fonte/Foto: Status Invest.

Para saber mais sobre como investir em fundos imobiliários, clique aqui.

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Jader Lazarini

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