Fundos ESG: Veja como a estratégia é utilizada pela gestora Rio Bravo no RBIF11

Muita gente gostaria de investir em ativos ligados ao ESG – enviromental, social and governance – mas não tem ideia de como isso ocorre na prática em um fundo de investimentos. Por isso, conversamos com o gestor do fundo ESG Rio Bravo ESG IS FIC FI Infra (RBIF11), um FI Infra que é signatário das boas práticas sustentáveis.

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A gestora Rio Bravo lançou em junho deste ano o RBIF11, reconhecido como Investimento Sustentável (IS) pela Anbima. O fundo faz alocação do seu capital em debêntures incentivadas, buscando uma rentabilidade que supera com folga os títulos públicos.

De acordo com o regulamento do fundo, o RBIF11 pretende superar a rentabilidade dos títulos do tesouro indexados ao IPCA. Prova disso, no final de junho, o retorno médio ponderado da carteira do RBIF11 marcado a mercado é de aproximadamente IPCA +7,60%, ao ano, ou IPCA+0,61% ao mês.

Todos os ativos da carteira do fundo possuem um rating independente de crédito, o que reforça a qualidade creditícia dos ativos investidos e a transparência na informação aos cotistas.

Na estimativa da gestora, o RBIF11 vai distribuir rendimentos de R$ 1,00 por cota até o fim do de 2022, dependendo das condições macroeconômicas futuras, uma vez que os ativos do FII Infra retornam a inflação através das amortizações. Ou seja, o fundo pretende ser rentável e sustentável ao mesmo tempo, equilibrando risco e retorno.

O RBIF11 é listado em bolsa e está disponível a cerca R$ 100 por cota, e tem isenção de Imposto de Renda nos rendimentos para pessoa física.

Para saber tudo sobre ESG, nos acompanhe nesta “Semana do ESG: Investindo no Futuro“, realizada com apoio da CBA e da Rio Bravo. Entre 8 e 12 de agosto, o Suno Notícias vai trazer uma série de conteúdos especiais sobre investimentos ESG para você ficar por dentro do tema e entender como isso impacta o seu bolso. Você acompanha todo o conteúdo neste link.

Você também não pode perder o evento presencial do SUNO Notícias sobre ESG que ocorrerá no dia 17 de agosto, em São Paulo.

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A abordagem sustentável na seleção de ativos do RBIF11

O RBIF11 investe em vários setores de infraestrutura:

  • Saneamento, geração de energia solar, hídrica, eólica, transmissão de energia e telecomunicações representam mais de 60% do patrimônio líquido.
  • Mobilidade urbana e ferrovias correspondem a menos de 40% do patrimônio líquido.
  • Projetos logísticos e térmicas a gás natural podem chegar a até 30% do patrimônio líquido do fundo.

Na hora de escolher os ativos que compõem o fundo ESG, a gestora Rio Bravo precisa buscar mais informações sobre os projetos existentes no mercado. Isso porque, segundo Victor Tâmega, gerente sênior de infraestrutura da Rio Bravo, os principais ativos disponíveis no mercado têm uma quantidade limitada de informações disponíveis. É exatamente aí que entra o ESG.

A abordagem ESG está presente em todas as etapas de seleção e aprovação dos ativos, dentro de um processo interno que seleciona os melhores projetos.

“Analisamos controvérsias e detalhes de como as decisões são tomadas pelas empresas, se o projeto é legítimo e qual é a região em que o empreendimento será construído”, afirma Tâmega.

Como o FII Infra da Rio Bravo tem como objeto de investimento as debêntures incentivadas, uma parte relevante dos seus ativos são relacionados ao setor de energia. E para investir em um projeto específico, a gestora pesquisa os antecedentes do grupo empresarial, assim como a relação entre o empreendimento e as populações do entorno, entre outras análises.

Mesmo sendo projetos simples e com tecnologia conhecida, os projetos de infraestrutura podem atravessar quilômetros de áreas e ecossistemas, com impactos sobre indígenas e populações quilombolas, por exemplo.

Por isso, a gestora consegue prever problemas colocando a “mão no telefone, escrevendo e-mail, entrando contato com a companhia e pedindo informações”, destaca Tâmega.

Em seu processo de seleção de ativos, a gestora do RBIF11 avalia a governança antes de escolher seus investimentos. O fundo tenta identificar se a empresa tem membros independentes no conselho e se existem instâncias de aprovações dentro da empresa.

Tâmega também ressalta que o FI Infra analisa a adicionalidade socio-ambiental, medindo se o projeto a ser investido é efetivo na redução de gás de efeito estufa ou seja ele gera emprego na região que ele está envolvido.

Por que ser um fundo ESG?

A Rio Bravo tem como objetivo gerar um impacto positivo no meio ambiente e na sociedade, e por isso incorporou o ESG à sua agenda, mas não é só isso. Tâmega explica que existe uma grande demanda por investimentos que levam em consideração o ESG porque eles significam menores riscos no longo prazo.

E os pioneiros são os investidores institucionais de outros países. “Somos mais fortes que muitas gestoras porque temos um diferencial”, destaca.

Tâmega complementa que muitos investidores não querem apenas yield, mas “yield ajustado pelo risco”. É para esta grande parcela do mercado que a gestora acredita ser a melhor opção.

Deste modo, principalmente em relação aos investimentos em ativos reais e de infraestrutura, o ESG é uma ferramenta muito efetiva de controle de risco, algo essencial dentro do RBIF11. “O retorno ajustado pelo risco fica mais interessante, tirando a gestora de ‘furadas’ com projetos que podem dar problemas no futuro, afirma Tâmega.

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Gustavo Bianch

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