Fundo Verde: PT não aprendeu nada com o desastre do governo Dilma e ‘não há nenhuma responsabilidade fiscal’

Após declarações que ocasionaram a maior alta do dólar desde março de 2020 e em uma transição conturbada com sinalizações de um rombo fiscal maior, o Fundo Verde sinalizou que reduziu sua exposição em ativos brasileiros e criticou duramente a postura do governo eleito.

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“Não há absolutamente nenhum compromisso com qualquer responsabilidade fiscal, e a leitura do preambulo da PEC ainda traz uma pérola citando MMT (Teoria Monetária Moderna) como justificativa para essa festa”, diz a última carta de gestão do Fundo Verde, de Luis Stuhlberger.

“Um país com a história inflacionária do Brasil e taxas de juros de 13,75% brincar com esse tipo de argumento mostra que, definitivamente, o PT não aprendeu nada com o desastre do governo Dilma”, segue o documento.

Segundo a gestão do Multimercado Verde FIC FIM, a “marcha da insensatez fiscal segue inabalada em Brasília”.

Os gastos de R$ 200 bilhões fora do teto foram mal vistos pela gestão, que citou as movimentações na PEC da transição no Senado.

Com isso, o fundo reduziu exposição na bolsa brasileira, e manteve a posição vendida na bolsa americana.

“Mantivemos posição comprada em inflação implícita no Brasil, adicionamos uma pequena posição aplicada em juro real, e continuamos tomados em juros na Europa, comprados em ouro e petróleo. Continuamos vendidos no Euro e comprados em Real. A posição em crédito high yield americano foi reduzida, enquanto o portfólio no Brasil permanece o mesmo”, diz a gestão do Fundo Verde.

O Verde caiu 0,3% em novembro, ante uma alta de 1,02% do CDI. No acumulado de 2022 o fundo ganha do benchmark, contudo, com 14,8% de rentabilidade ante 11,1% do CDI.

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Gestor do Fundo Verde viu ‘melhora inicial’ com Lula

Durante a corrida eleitoral, Luis Stuhlberger disse que se arrependeu de ter votado em Jair Bolsonaro (PL) em 2018.

Apesar de não ter declarado voto em Lula, como alguns integrantes do mercado, citou que uma eventual vitória do petista seria positiva para a Bolsa em um primeiro momento.

“Acredito que ele [Lula] não será radical em um primeiro momento, mas depois vai ser difícil”, disse o gestor durante o Congresso MKBR22, promovido por B3 e Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

“Eu acredito piamente que ela [reforma tributária] vai ser feita ano que vem caso o Lula ganhe a eleição”, acrescentou.

Além disso, o gestor do Fundo Verde disse que a prioridade da gestão do governo Lula é refazer o Fies e investir em educação e que ‘não há saída’ além de uma melhora no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

“Não temos saída para o Brasil melhorar a não ser torcer para o PIB crescer”, disse o gestor do Fundo Verde, à época.

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Eduardo Vargas

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