IRDM11 paga menor dividendo em 8 meses e gestão explica os motivos; veja o que aconteceu

Em seu relatório gerencial de julho, o fundo imobiliário IRDM11 destacou o pagamento de dividendos de R$ 0,808716 por cota, quantia equivalente a uma remuneração bruta de imposto de renda de 99,13% do CDI.

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Esse é o menor patamar de dividendos do IRDM11 em 8 meses, já que dezembro de 2022 o FII distribuiu R$ 0,70156 por cota. O resultado de julho, de R$ 29,464 milhões, foi inferior ao de junho, quando o lucro mensal somou R$ 31,877 milhões.

O IPCA de julho teve uma variação positiva de 0,12%. A gestão explica que isso contribuiu “para ancorar as expectativas inflacionárias em níveis mais reduzidos do que os inicialmente projetados pelo relatório Focus e abriu espaço para iniciar o ciclo de cortes na taxa Selic, sendo que o primeiro corte de 0,50% já ocorreu durante a reunião de agosto”.

O mercado já havia antecipado a baixa de 0,5 ponto percentual para as próximas reuniões do Copom. Nesse mesmo período, o FII IRDM11 teve uma diminuição de cerca de R$ 0,07 nos rendimentos.

Isso se deve, segundo a gestão, principalmente ao resultado mais fraco da correção monetária. Apesar disso, o FII ainda conta com um resultado de correção monetária acumulado em alguns ativos de cerca de R$ 17,8 milhões, ajudando a reduzir o impacto nos rendimentos futuros do fundo.

IRDM11: o que esperar dos fundos de CRI com a queda da Selic?

O fundo imobiliário IRDM11 explica que a queda da Selic poderia favorecer a qualidade de crédito das operações dependentes da retomada da atividade econômica do Brasil, como as que são focadas em incorporação, por exemplo.

Do mesmo modo, os CRIs e FIIs podem ter uma alta relevante em razão do fechamento da curva de juros, impactando de forma positiva a cota patrimonial. “O fundo se encontra plenamente alocado, com um caixa de apenas 2,84% do PL, aproveitando oportunidades específicas para investimento e reciclagem da carteira de ativos”, explicou a gestão do fundo IRDM11.

O mercado de fundos imobiliários ainda espera por uma queda mais expressiva da Selic, assim como uma retomada da economia para dar início a um ciclo mais forte das novas captações.

A gestão destaca que a queda na inflação traz um impacto negativo de curto prazo nos fundos imobiliários de CRI, visto que a geração de rendimento desses FIIs é a princípio impactada de forma negativa no primeiro momento, tornando a recuperação desses fundos mais “tímida” na Bolsa de Valores.

“É esperado a médio prazo que a estabilização dos níveis de inflação normalize a geração de rendimentos desses fundos e, consequentemente, permita que esses também aproveitem com maior intensidade a recuperação do mercado”, concluiu a gestão do IRDM11.

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João Vitor Jacintho

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