Ford: Sindicato e direção mundial da empresa se reúnem em 7 de março

Reunião entre o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a direção mundial da Ford foi marcada para o dia 7 de março.

No entanto, o objetivo é reverter a decisão de fechar a fábrica da Ford em São Bernardo do Campo. A informação foi dada aos trabalhadores por meio de uma assembleia do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC realizada na porta da empresa, nesta terça-feira (26).

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Entenda o caso

Na última terça-feira (19), a Ford anunciou o fechamento de sua fábrica em São Bernardo do Campo.

A montadora norte-americana informou que vai sair do mercado de caminhões. De acordo com a Ford, essa medida é uma dos passos para “o retorno a lucratividade sustentável de suas operações na América do Sul”.

O fechamento da planta na Grande São Paulo deverá ocorrer ao longo de 2019. Hoje a fábrica de São Bernardo produz caminhões e o modelo Fiesta. Segundo a Ford, o custo dessa operação será de cerca US$ 460 milhões.

Consequências do fechamento

O fechamento da fábrica da Ford em São Bernardo pode afetar 24 mil trabalhadores. Um número quase dez vezes maior do que as 2,8 mil demissões anunciadas pela montadora norte-americana.

O cálculo foi realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

De acordo com o Dieese, distribuidores e fornecedores da planta de São Bernardo acabarão falindo nos próximos meses. Isso por causa da impossibilidade de substituir a demanda de produtos e serviços da Ford. Esse efeito cascata, segundo o Dieese, é ainda difícil de mesurar com precisão.

Entretanto, a montadora norte-americana já deixou claro que não remanejará praticamente nenhum funcionário.

Isso porque unidades da Ford em Taubaté (SP) e Camaçari (BA) já têm seu orgânico completo. Além disso, a nova fábrica na Bahia seria distante demais para realizar um reajuste de funcionários paulistas.

Renan Bandeira

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