FMI: custo de errar com a reabertura econômica pode ser grande
O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou nessa terça-feira (12) que está observando o processo de reabertura da economia que está acontecendo nos continentes asiático e europeu e salientou que as autoridades optaram por uma retomada gradual somada a mais medidas de prevenção contra o novo coronavírus (Covid-19).
De acordo com o texto publicado no site do Fundo e assinado pelo diretor do Departamento de Ásia e Pacífico do FMI, Chang Yong Rhee, e pelo diretor do Departamento Europeu do Fundo, Poul M. Thomsen, com a falta de um tratamento eficaz contra a nova doença, ou até mesmo uma vacina, as autoridades terão que se equilibrar entre os possíveis custos de uma maior disseminação do vírus e os benefícios da retomada da economia.
Segundo o texto, as duas regiões “estão diante de escolhas difíceis, em parte porque os custos de errar em uma direção ou noutra pode ser muito grande”, se referindo a reabertura econômica e a disseminação do vírus. Entretanto, alguns países asiáticos já até obtiveram algum sucesso na retomada.
Segundo FMI, Europa apresenta um risco maior
Contudo, a nota indicou que os riscos no continente europeu são maiores, pois a doença os atingiu depois. “Parece estar mais em risco do que alguns países da Ásia, incluindo a China, embora nenhum país possa declarar vitória contra o vírus de modo confiante”, informou o documento, ainda que alguns países da Europa tenham informado a reabertura gradual de suas economias.
Além disso, a China e a Coreia do Sul apresentaram bons resultados em reação a contenção da disseminação da doença, ampliando o número de testes na população, afirmou o Fundo.
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Por fim o FMI salientou “agir muito cedo e antes de ações abrangentes para identificar rapidamente e conter novas infecções colocaria em jogo os ganhos no combate à disseminação da Covid-19 e arriscaria impor novos custos humanos e econômicos”. “Resistam ao clamor para se fazer muito rápido demais e corram o risco de uma recaída”, completou.