FMI indica recessão mundial causada pela crise do coronavírus

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, informou que o mundo entrou em recessão e que a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) gerou uma crise como nenhuma outra. A informação foi divulgada nessa sexta-feira (3) durante uma declaração à imprensa.

Além da diretora do FMI, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) também participou da declaração e salientou a importância de combater primeiro o vírus e então continuar a atividade econômica.

A diretora do Fundo disse que a economia nunca havia parado como parou durante essa pandemia e acrescentou “esta é a hora mais sombria da minha vida, uma grande ameaça para o mundo inteiro, e exige que nos defendamos e nos unamos”.

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Georgieva ainda salientou “nosso apelo conjunto aos formuladores de políticas em qualquer lugar é que eles reconheçam que proteger a saúde pública e a economia são coisas que caminham juntas. Precisamos fazer ambas”.

A representante da organização informou que mais de 90 países já recorreram a empréstimos emergenciais. Os pedidos tem o objetivo de amenizar os impactos da crise causada pela pandemia do coronavírus.

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Além disso, os países emergentes tiveram que lidar com a retirada recorde, de capital de US$ 90 bilhões (R$ 450 bilhões), já que diante da crise os investidores buscam ativos que passem maior segurança.

A diretora do FMI indicou que a baixa no preço dos commodities complica, ainda mais, algumas economias de países em desenvolvimento.

Recuperação depende da contenção do coronavírus, diz FMI

Segundo Georgieva, a recuperação econômica mundial dependerá da forma com que o novo vírus será contido. “Nossa previsão de uma recuperação no próximo ano depende de como conseguiremos conter o coronavírus e reduzir o nível de incerteza”, afirmou a representante do FMI. Segundo ela, a recuperação virá quando o nível de incerteza for menor.

Ademais, Georgieva afirmou que a pandemia pode trazer consequências iguais ou piores à crise financeira enfrentada em 2008. A recuperação desse tombo, no entanto, é esperada em 2021.

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A diretora do FMI salientou que “para chegar lá, é fundamental priorizar a contenção e fortalecer os sistemas de saúde – em todos os lugares. O impacto econômico é e será severo, mas quanto mais rápido o vírus parar, mais rápida e forte será a recuperação”.

Laura Moutinho

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