Fintech Iugu surfa onda do comércio online, mas mantém olho no offline pós-pandemia

A infraestrutura financeira de negócios digitais é uma vertical de disputa das grandes companhias dentro de um setor que vem crescendo em meio a pandemia e a migração forçada ao mundo digital. Nessa disputa, a fintech Iugu, que oferece uma plataforma completa de automação bancária, surfa agora a onda digital, mas já olha para o pós-pandemia e as (no momento) não badaladas empresas do off-line.

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Fundada em 2012, a Iugu nasceu fora dos principais eixos de inovação do Brasil; mais precisamente em Dourados (MS). Ao começar oferecendo o pagamento recorrente a empresas online, a Iugu cresceu a ponto de oferecer conta digital corporativa e, logo após, a possibilidade para que empresas possam oferecer serviços financeiros aos clientes, além, é claro, do pagamento recorrente.

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Em meio a esses setores de atuação, a Iugu acaba por concorrer com empresas de peso, como PagSeguro, Pagar.me e PayPal, por exemplo, além de bancos e adquirentes.

“Concorremos em diferentes partes com diferentes players. Na emissão do boleto, por exemplo, competimos com os grandes bancos. No cartão, com as grandes adquirentes, mas de qualquer forma buscamos entregar um produto que o cliente queira usar com um serviço que o atenda”, disse Renato Ribeiro, diretor-presidente (CEO) da Iugu.

Para Ribeiro, apesar dessa forte concorrência, a Iugu abre os serviços para empresas menores, que não conseguiriam as soluções integradas em grandes companhias -o que faz o diferencial da companhia.

“Vamos pegar uma empresa menor. Ela não consegue ter automação pra gerar um boleto com os grandes bancos que são específicos, então quando entregamos essa tecnologia junto com o recebimento, seja via cartão, seja TED, é onde os nossos clientes extraem valor do nosso produto”, afirmou.

Não à toa, a previsão é de R$ 70 milhões de receitas neste ano, segundo o site “Brazil Journal”, atendendo cerca de cinco mil clientes diretos e mais de 60 mil contas.

Já no fim do ano passado, um investimento de R$ 120 milhões liderados pelo Goldman Sachs Merchant Banking, braço de private equity do banco, abriu a possibilidade da Iugu conquistar a licença do Banco Central (BC) para operar como instituição de pagamentos, além de financiar a expansão da companhia.

“[Com o dinheiro] vamos continuar contratando pessoas para fazer coisas em paralelo. Muito investimento em TI, dinheiro para marketing, já que hoje passamos a ser mais conhecidos, pois usamos parte do dinheiro justamente para isso”, explicou o CEO.

Agora, apesar da pandemia causada pelo novo coronavírus (covid-19) ter acelerado a migração ao digital, o CEO da companhia diz acreditar no retorno à normalidade em um futuro (ainda que distante). Por isso, o mundo off-line das soluções de pagamentos deve ser o próximo passo da Iugu.

“Eu ainda acredito no comércio físico, no comercio presencial, quando sairmos do mundo da pandemia. As empresas off-line vêm pedindo ajuda para o online, mas a Iugu poderia oferecer um produto que os ajudasse inclusive na parte off-line”, disse.

Segundo Renato Ribeiro, esse produto já está em planejamento dentro da companhia e, apesar de não revelar quando será lançado, o CEO afirma que já há demanda para que a fintech possa expandir as operações.

“Não acho que o novo projeto seja sobre o modelo de adquirente, mas sim um modelo diferente. Isso já está em planejamento, já tivemos alguns clientes pedindo solução de juntar a o online com o off-line, mas está no planejamento, inclusive colocar muita coisa que o BC demanda para dentro desse produto”, disse o CEO da Iugu.

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Vinicius Pereira

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