Confira os 5 FIIs que mais desvalorizaram em janeiro

Janeiro foi um mês praticamente neutro para a renda variável. O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, fechou janeiro com leve queda. O IFIX, principal índice de FIIs, ficou próximo à neutralidade. Alguns, fundos, entretanto, tiveram fortes quedas.

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Os investidores parecem ter desacelerado os aportes neste mês, esperando o desenrolar atual da crise. Notícias como o início da vacinação animam, mas o avanço da covid-19, e novas restrições que vêm com isso, com algumas regiões do país entrando em lockdown, pesam no lado negativo.

Confira os cinco FIIs que mais se desvalorizaram em janeiro:

  • BB Progressivo II FI Imobiliario (BBPO11): queda 6,66%
  • Santander Papeis Imobiliarios CDI (SADI11): queda de 5,54%
  • FII Hotel Maxinvest (HTMX11): queda de 4,27%
  • Fundo de Investimento Imobiliario Ourinvest Logistica (OULG11): queda de 3,93%
  • CSHG Real Estate (HGRE11): queda de 3,86

A maioria das quedas está ligada a notícias envolvendo os fundos, que são, majoritariamente, de tijolos, sendo apenas um de papel.

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O Suno Notícias buscou os possíveis motivos paras a desvalorização das cotas. Vale ressaltar que esta não é uma recomendação de investimentos. Confira:

BB Progressivo II FI Imobiliario (BBPO11)

É um dos FIIs do tipo tijolo que investe em imóveis voltados ao Banco do Brasil (BBAS3), tendo 64 agências e centros administrativos alugados para o banco em todo o país.

Com o plano de reorganização da instituição financeira, que inclui o fechamento de 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento, os papéis do BB Progressivo foram impactados.

Apenas no dia do anúncio da reestruturação, o FII caiu 5,11%, uma vez que é provável que o banco devolverá algumas agências que utiliza, já que o contrato de vencimento dos aluguéis vai até em novembro de 2022.

Santander Papeis Imobiliarios CDI (SADI11)

O fundo de papel, que investe em títulos e valores mobiliários, viu a True Securitizadora desistir da recompra facultativa de créditos imobiliários. A operação permitiria ao fundo resgatar de forma antecipada alguns certificados de recebíveis imobiliários (CRI), o que daria capital ao banco de forma mais rápida.

FII Hotel Maxinvest (HTMX11)

É um fundo de tijolo de hotéis e foi prejudicado pelo avanço da covid-19 no país. Algumas cidades, como São Paulo, retrocederam e impuseram novas restrições, dificultando viagens. Há ainda vários países restringindo voos ao Brasil. Tudo isso acaba por prejudicar o setor hoteleiro.

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Ourinvest Logistica (OULG11)

É um FII de tijolo que investe unicamente em galpões de logística. Apesar da movimentação estar forte neste setor, com varias varejistas avançando em galpões, o Ourivest teve um contrato rescindindo recentemente pela Braskem (BRKM5). Com isso, um dos dois imóveis que possui está vago.

CSHG Real Estate (HGRE11)

O HGRE11 é fundo de tijolos, que investe em lajes corporativas. Recentemente, investiu em dois novos escritórios na Avenida Berrini, em São Paulo, desembolsando mais de R$ 36 milhões.

O problema é que a vacância nesse tipo de imóvel vem aumentando, com algumas pesquisas mostrando que a tendência é ela continuar. O FII terá de buscar um nova locatário em meio ao menor interesse.

A outra unidade adquirida pelo FII ainda é locada pela FIAT, que, recentemente, realizou a sua fusão com a Peugeot. É possível que no futuro as duas companhias realizem sinergias e encerrem alguns escritórios.

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Vitor Azevedo

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