FII MXRF11: carteira de CRIs segue em reciclagem e caixa deve diminuir

Em maio, o fundo imobiliário Maxi Renda (MXRF11) seguiu com a proposta de reciclagem do portfólio de CRIs, com alienações e liquidações, focando em originações e estruturações próprias. As informações constam no relatório gerencial do mês, divulgado na última sexta-feira (25).

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O MXRF11 alienou os papéis do GPA e FS Bioenergia, gerando um ganho de capital de R$ 1,62 milhão ao fundo. Também foram liquidados os CRIs JCA, Helbor Multi Renda II e BRF, no valor total de R$ 82,50 milhões.

“Algumas alocações tiveram o processo de estruturação um pouco mais lento que o esperado, de forma que o fundo encerrou com volume de caixa além do desejado”, comentou a gestão do FII.

De acordo com o relatório do MXRF11, contudo, a alocação foi acelerada durante junho e até o início do mês que vem é esperado que o volume de caixa seja de aproximadamente 5%.

No fim de maio, o caixa ocupava uma fatia de 25% do investimento por classe de ativo. CRIs correspondiam a 62%; permutas financeiras, 11%; e FIIs, 2%.

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O gestor citou, ainda, que em função da escalada do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) nos últimos 12 meses, decidiu por alterar o índice de duas operações para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Essa tem sido uma prática recorrente no mercado.

As operações consistem no CRI HF Engenharia e CRI Aloés, “com o objetivo de manter os fluxos e garantias das operações saudáveis, bem como estavam antes da alta excessiva do índice”.

Foto/Fonte: FII MXRF11

No que se refere aos fundos imobiliários, no fim de maio o MXRF11 estava exposto ao Succespar Varejo – SPVJ11 (50,22% da posição), Multi Renda Urbana – HBRH11 (43,45%), FII Rooftop – ROOF11 (3,75%) e TG Pactual Corporate Office Fund – BRCR11 (2,55%), perfazendo uma carteira com saldo de R$ 51 milhões.

Durante o mês, o fundo realizou novo investimento no SPVJ11, no montante de R$ 1,67 milhão, em nova chamada de capital do mesmo.

Distribuição de dividendos do MXRF11

A distribuição de proventos em maio ficou em R$ 0,07 por cota. Ao todo, foram pagos R$ 15,82 milhões aos cotistas, sendo que R$ 15,80 milhões foram oriundos dos CRIs. No book de permutas financeiras, o resultado foi de R$ 500 mil, além de aproximadamente R$ 207 mil dos FIIs.

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“A distribuição no mês para os detentores de cotas MXRF11 no valor da cota patrimonial (R$ 10,00) representa aproximadamente 261,82% do CDI no período, já livre de impostos, o que equivale a um rendimento de 308,02% do CDI se considerarmos um gross up de 15% de impostos.”

Em maio, o MXRF11 atingiu o número de 393 mil cotistas, um avanço de 5% frente ao mês anterior. A maior base de investidores da indústria de FIIs do Brasil perfaz um valor de mercado de R$ 2,38 bilhões ao fundo.

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Jader Lazarini

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