Grana na conta

FII CPFF11 aumenta posição em lajes corporativas e renda urbana em junho

Com a queda dos preços dos CRIs após proposta da reforma tributária, gestores do CPFF11 viram oportunidade de compra e acreditam na valorização dos ativos.

O fundo imobiliário Capitânia REIT FOF (CPFF11) deve focar em FIIs de Renda Urbana e aumentar sua participação em Lajes Corporativas nos próximos meses. As informações são do relatório gerencial mensal do ativo, divulgado na última segunda-feira (26).

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Após o anúncio da reforma tributária, em que uma das propostas era taxar os fundos imobiliários, o mercado de FIIs passou por forte volatilidade. Com isso, os preços de determinados imóveis caíram bruscamente, para valores inferiores ao custo de reposição, como é o caso das CRIs de Lajes Corporativas que o CPFF11 está comprando.

De acordo com o relatório, os preços depreciados do mercado secundário apresentam oportunidades. “Com a vacinação em massa, os valores devem convergir para patamares normalizados. Estamos bastante confiantes com a retomada das lajes e dos shoppings”, diz o gestor no documento.

Nesse sentido, as principais compras do CPFF11 no mês de junho foram:

  • Obtenção de R$ 2,0MM do fundo Legatus Shoppings (LASC11);
  • Aquisição de R$ 2,0MM do FII Guardian Logístico (GALG11);
  • Compra de R$ 1,6MM do FII Pátria Edifícios Corporativos (PATC11);

Todos adquiridos no mercado secundário.

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Já, em relação às vendas, o fundo imobiliário da Capitânia se desfez de quatro posições, são elas:

  • Vendeu R$ 4,9MM do fundo TRX Real Estate (TRXF11);
  • Se desfez de R$ 4,8MM do fundo TRX Real Estate ll (TRXB11);
  • Alienou R$ 4,8MM do fundo HSI Renda Urbana (HSRE11);
  • Vendeu R$ 3,8MM do fundo General Shopping FII (GSFI11).

As três primeiras foram adquiridas na última emissão 476 e a última foi uma compra no mercado secundário.

Carteira atual do Capitânia REIT FOF (CPFF11)

A carteira do fundo conta com 63 papéis, sendo que a concentração de 73% dos ativos está nas quinze maiores posições. De acordo com o relatório, essas posições continuam estáveis em relação ao mês de maio.

As três primeiras posições do fundo imobiliário são da Bluecap Renda Logística (BLCP11), com 8,3% da posição, CSHG Real Estate (HSRE11), com 8%, e V2 Properties (VVPR11), com 7,9%. Os valores de alocação são de 30/06/2021, segundo o relatório.

Com isso, a divisão por segmento do CPFF11 está da seguinte forma:

Alocação por segmento do CPFF11 em junho de 2021.

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Distribuição de dividendos e rentabilidade

A distribuição de proventos em junho ficou em R$ 0,80 por cota. Ao todo, o valor entregue aos cotistas foi de R$ 3,18 milhões, o que representa um percentual de 11,75% de dividend yield.

O CPFF11 alcançou a marca de 12,5 mil cotistas no mês e um valor de mercado de R$ 324,62 milhões.

Em relação a rentabilidade, o relatório apresenta o seguinte disclaimer:

“A rentabilidade patrimonial ajustada do CPFF11 em maio foi equivalente a -1,13% vs -1,56% do IFIX. Desde o seu início em 23/12/2019, a cota patrimonial ajustada do fundo rendeu +2,75% vs -10,72% do IFIX.”

Já a rentabilidade da cota de mercado (ajustada apenas por proventos) do CPFF11, negociada na B3 desde janeiro/2020, acumula retorno de -2,26%.

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Monique Lima

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