Fed vê contração significativa da economia dos EUA no 2º semestre

O presidente do Federal Reserve (Fed) de Dallas, Robert Kaplan, declarou que ainda vê contração substancial na economia dos Estados Unidos no segundo semestre deste ano.

O Banco Central (BC) estadunidense tem provido auxílio para setores da economia que ainda enfrentam dificuldades em função da crise provocada pela pandemia do coronavírus. Nesse sentido, o presidente da unidade do Fed, na capital do estado do Texas, afirmou que “mantém a mente aberta” para mais expansões de programas de emergência.

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“Continuamos procurando por partes da economia que não foram abordadas pelo que estamos fazendo”, afirmou Kaplan, em entrevista concedida à Boomberg TV. O economista defende a posição de que o Fed deveria prestar suporte às empresas e ONGs que sofrem pressão neste momento. O executivo revelou preocupação com os riscos morais apresentados pelos programas de estímulos.

O presidente do Fed de Dallas ainda afirmou acreditar que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos registrará uma queda de 25% a 30% no segundo trimestre. No entanto, a economia deve voltar a crescer no terceiro trimestre deste ano. Para o resultado final de 2020, o economista projeta uma queda de 4% a 5% do PIB do país.

Para Kaplan, o desafio é que o consumidor estadunidense deve sair da crise com mais cautela e menos inclinado a voltar a consumir. Isso poderia atrasar a recuperação econômica no país. O presidente da unidade do Fed prevê que a taxa de desemprego pode chegar a faixa entre 15% e 20% no pico da crise. Entretanto, os números devem diminuir conforme o ano se aproxime do fim, com taxas de 8% a 10%.

Fed indica que economia “contraiu-se bruscamente”

O Fed informou na última quarta-feira (15) que o país entrou em uma crise profunda nas últimas semanas, em função dos esforços para conter o novo coronavírus.

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A atividade econômica “contraiu-se bruscamente e abruptamente”, resultando da diminuição de salários e no aumento nos dados de desemprego. As informações foram divulgadas no relatório periódico da autoridade monetária, conhecido como “Livro Bege”.

Essa edição do relatório do Fed contemplou dados referentes até o dia 6 de abril, quando as medidas de desligamento já estavam em vigor durante várias semanas em várias regiões estadunidenses. As companhias informaram que a expectativa era de que as condições piorem no curto-prazo. Nesse sentido, as empresas projetavam mais cortes de empregos no futuro próximo.

Arthur Guimarães

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