Evergrande ocasiona queda de fundos dos EUA e Europa que apostavam na China

A possibilidade de um calote do Evergrande Group representa um impacto para fundos nos Estados Unidos e na Europa que buscavam retornos mais elevados no mercado de bônus corporativo chinês.

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Preocupações de que a Evergrande não pague seus bônus neste mês geraram vendas de papéis de outras companhias no setor imobiliário, pesando sobre fundos gerenciados por Ashmore Group, BlackRock e Pacific Investment Management, entre outros.

Enquanto os bônus da Evergrande eram negociados a cerca de US$ 0,25 em boa parte de setembro, se disseminaram as vendas de bônus de outras grandes incorporadoras da China.

O temor de contágio dos problemas atingiu bolsas e retornos dos bônus nos EUA na segunda-feira (20).

Nos últimos anos, gerentes de ativos do Ocidente passaram a comprar cada vez mais bônus corporativos da China nos últimos anos, apesar dos sinais de uma bolha imobiliária.

Os compradores almejavam investimentos que pagassem mais que os retornos modestos de seus mercados domésticos e poderiam se beneficiar do crescimento forte do país, em comparação com mercados desenvolvidos.

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Muitos também acreditavam que o governo da China daria ajuda à Evergrande por causa de seu tamanho – a empresa possuía cerca de US$ 89 bilhões em dívida até junho.

Na Ásia, Evergrande pressiona bolsas

Na Ásia, a Bolsa de Hong Kong fechou em alta moderada nesta terça (21), enquanto a de Tóquio voltou de um feriado com fortes perdas, começando a digerir a crise de liquidez da Evergrande, gigante do setor imobiliário chinês.

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O Hang Seng subiu 0,51% em Hong Kong, a 24.221,54 pontos, revertendo apenas parte do tombo de 3,3% que sofreu na segunda-feira em meio a temores de que a Evergrande, que acumula mais de US$ 300 bilhões em passivos, anuncie um calote e prejudique outras empresas do segmento imobiliário chinês e da Ásia.

Negociada no território semiautônomo, a ação da Evergrande teve baixa de 0,44% nesta terça, após despencar mais de 10% no pregão anterior.

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Em carta enviada aos funcionários nesta terça-feira, o presidente do conselho de administração da Evergrande, Hui Ka Yuan, afirmou que a empresa irá cumprir suas responsabilidades junto a compradores de imóveis, investidores, parceiros e instituições financeiras, segundo a Reuters, que citou a mídia chinesa.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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