EUA ainda têm muito trabalho a fazer para controlar a inflação, diz Biden
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou, nesta segunda-feira, 12, que a inflação arrefeceu em julho, mas admitiu que o país ainda “tem muito a fazer” para garantir a estabilidade de preços.
Em discurso no Aeroporto Internacional de Boston, Biden reiterou que conter a escalada inflacionária “é a principal prioridade” do governo, sem perder os ganhos econômicos conquistados no último ano.
“O povo americano deve ter confiança de que estamos no caminho certo”, disse Biden, um dia antes da divulgação do resultado de agosto da inflação ao consumidor nos EUA.
O democrata destacou avanços em sua agenda econômica, entre eles a aprovação do pacote bipartidário de infraestrutura e de uma legislação para lidar com as mudanças climáticas.
Expectativas de inflação têm forte queda em agosto
Pesquisa da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em Nova York, divulgada nesta segunda-feira, 12, indicou mais um mês de queda nas expectativas de inflação nos Estados Unidos.
Segundo o levantamento, a mediana das expectativas para o avanço dos preços daqui a um ano caiu de 6,2% em julho a 5,7% em agosto. No horizonte de três anos, a queda foi de 3,2% a 2,8%.
Secretária cita risco de recessão nos EUA
A Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, citou que o país corre um risco de entrar em recessão por conta da inflação relativamente elevada, em atuais 8,5% segundo a última leitura do Índice de Preços ao Consumidor.
Uma recessão nos Estados Unidos já é um risco real na medida em que o Federal Reserve [Fed] faz um aperto monetário por conta da inflação”, disse Janet Yellen à CNN.
“Portanto, é certamente um risco que estamos monitorando. Temos um mercado de trabalho forte e acho que é possível mantê-lo assim”, completou a Secretária do Tesouro dos EUA.
Além disso, Yellen reiterou que a ‘inflação está muito alta’, em referência ao CPI atual. Vale lembrar que, antes dos 8,5%, a inflação anualizada dos Estados Unidos chegou a 9,1%, em recorde para os últimos 40 anos.
Com Estadão Conteúdo
