Como escolher os melhores ETFs da bolsa?

Para o investidor que busca retorno no longo prazo com baixo custo e diversificação de carteira, os ETFs são opções para investir na bolsa de valores. Mas como escolher os melhores fundos do mercado?

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Os ETFs (Exchange Traded Funds) investem em diferentes ativos, conforme o índice replicado. Esses fundos fazem alocações em títulos de renda fixa, ações, moedas e etc. Em vez de o investidor escolher uma ação de empresa ou título público para fazer uma alocação, um ETF consegue investir em diferentes ativos.

De acordo com dados da B3, atualmente são 85 fundos de índice listados na bolsa. São índices para todos os gostos, com atuação nos mais diferentes segmentos.

Um dos mais conhecidos, o BOVA11, replica o Ibovespa. O fundo simplesmente investe nas 65 empresas do Ibov. Mas existem outros fundos que replicam diferentes índices, como por exemplo:

  • HASH11 – Criptomoedas
  • LFTS11 – Títulos públicos indexados à Selic
  • IVVB11 – Ações do S&P500
  • NTNS11 – Títulos públicos IPCA+ 0 a 4 anos
  • SMAL11 – Ações de Small Caps
  • USTK11 – Ações de empresas de tecnologia dos Estados Unidos
  • WRLD11 – Ações das maiores empresas do mundo

Segundo os especialistas consultados pelo Suno Notícias, para analisar um ETF e escolher o melhor para seu perfil, é essencial compreender qual cesta de produtos ele carrega em seu portfólio.

Antes de tudo, é necessário entender em que o ETF investe

Para o analista CNPI e head de renda fixa da Suno Research, Vinicius Romano, o principal ponto para analisar um ETF é conhecer o índice que o fundo está vinculado. “O ETF é um fundo passivo, então ele sempre tem um índice que ele vai seguir”.

Exatamente por esse motivo ele tem um custo menor comparado aos outros fundos, porque o time de gestão não faz aquele trabalho ativo de escolher os ativos, de montar uma carteira, ficar olhando ali no dia a dia. A gestora vai basicamente fazer um balanceamento da carteira para acompanhar aquele índice específico.

No mercado, é possível encontrar fundos que investem desde em renda fixa de curto prazo, que é menos arriscado em termos de volatilidade, aqueles atrelados às criptomoedas, que possuem maior risco. “Neste caso, o ETF precisa estar alinhado com o perfil do investidor”, destaca Romano.

O investidor precisa fazer uma análise do que está comprando de fato, se é o caso da renda fixa ou se é um ETF que pode representar um maior retorno, porém com maior risco.

Avaliar o potencial retorno do ETF: de olho nos custos

Além de entender no que o ETF investe, outro passo importante é analisar o retorno do fundo. Alessandra Gontijo, sócia da Investo, comenta que para analisar um ETF, o investidor precisa fazer comparações, tanto em relação ao desempenho dos fundos quanto aos custos.

Gontijo dá um exemplo de como isso funciona na prática. O NTNS11, que replica o índice Teva Tesouro IPCA, possui um retorno de IPCA + 5,74%.

Em contrapartida, o título público de vencimento em 2029, está com uma taxa de IPCA + 5,45%. Esse “prêmio” que o investidor precisa buscar ao avaliar o produto em questão.

Como existem diversos produtos no mercado, um aspecto que ajuda na tomada de decisão é o custo dos fundos.

Se o investidor já sabe qual índice está mais adequado ao seu perfil, analisar os custos de administração faz bastante diferença. No geral, os custos dos ETFs são mais “em conta” que os fundos de gestão ativa, “mas existem outros que não são tão baixos assim”, destaca Romano.

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Gustavo Bianch

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