Eletrobras (ELET6): privatização é mais atrativa com juros baixos, diz CEO

O presidente da Eletrobras (ELET6), Wilson Ferreira Jr., afirmou nesta sexta-feira (29) que a privatização da companhia fica mais atrativa com a queda dos juros no mundo.

O executivo declarou, por meio de videoconferência, que está otimista com a possibilidade da venda da empresa ser retomada pelo governo federal após a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. O CEO da Eletrobras ponderou que o negócio poderia atrair grande atenção de investidores, mesmo apesar do cenário pós-pandemia.

“Nós temos hoje no mundo uma posição, seguida por todos países do mundo, e no nosso não foi diferente, de redução da taxa de retorno dos títulos públicos“, pontuou Ferreira Jr..

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Esse cenário, segundo executivo, deve levar a uma intensa procura por aplicações com retornos maiores, como investimentos produtivos e em ações. No Brasil, atualmente, a taxa básica de juros (Selic) está na casa dos 3%, a mínima recorde. No casos dos Estados Unidos, a taxa está entre 0% e 0,25%.

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“Antes da crise já tínhamos uma grande quantidade de dinheiro à procura de projetos ou aplicações com retorno positivo, em alguns países você já tinha taxas de juros negativas ou zero. E essa posição do ponto de vista do rentista ela se agravou”, afirmou Ferreira Jr..

Eletrobras deve ser privatizada em 2021

O presidente da companhia projetou que o governo deve retomar as discussões com o Congresso sobre a privatização da Eletrobras no segundo semestre deste ano. Segundo o executivo, isso tornaria possível a conclusão da operação no ano seguinte.

Ferreira Jr. salientou também que a desestatização da companhia deve ser uma das poucas alternativas do governo do presidente Jair Bolsonaro, para fortalecer as contas públicas, após os altos gastos em suporte à economia.

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“Nós vamos precisar. O único ativo que o governo tem para amenizar rapidamente o aumento da dívida é exatamente a privatização”, afirmou o executivo.

Além disso, o presidente da Eletrobras afirmou que já observa uma melhora nos mercados da Ásia, da Europa e dos Estados Unidos, visto que os investidores antecipam as expectativas de retomadas das atividades pós-pandemia.

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Arthur Guimarães

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