Eletrobras (ELET3): presidente da empresa diz que privatização pode ocorrer até agosto

A privatização da Eletrobras (ELET3) deve ocorrer até meados da agosto. A opinião é do presidente da companhia. Rodrigo Limp: “A conclusão do processo pode ocorrer até meados de agosto, em um cenário otimista,” O processo aguarda decisão do Tribunal de Contas da União, que julga nesta quarta (18) se dará ou não prosseguimento à etapa de capitalização da companhia.

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Limp afirmou que, em um cenário positivo, a conclusão da operação de privatização da empresa poderá ocorrer até agosto, em um cenário mais favorável. O CEO dessa declaração em entrevista coletiva online sobre os resultados do primeiro trimestre de 2022.

A Eletrobras anunciou ter obtido lucro líquido de R$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre de 2022. O resultado, divulgado nesta segunda-feira (16), é 69% superior ao mesmo período de 2021 e foi impactado positivamente pelo aumento de 12% da receita bruta, e também pelo desempenho financeiro da companhia, com destaque para o efeito positivo da variação cambial.

O presidente da Eletrobras acrescentou que agosto é a melhor janela de mercado, coincidindo com as férias no Hemisfério Norte e antes do período eleitoral no Brasil — o que representa, no seu entender, mais benefícios para a empresa e para a União.

Limp afirmou que aguarda a decisão do TCU. Depois da aprovação do tribunal, será necessário ainda concluir a elaboração de toda a documentação do prospecto e realizar avaliação de auditoria independente.

A diretora Financeira e de Relações com Investidores, Elvira Presta, afirmou ser precipitado falar em datas para o road show (apresentação de uma empresa e seus produtos para investidores). “Nós só conseguiremos montar a agenda [do road show] depois da aprovação pelo TCU”, acrescentou Elvira.

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Eletrobras: disputa judicial por usina de Santo Antonio (RO)

Limp admitiu que a disputa judicial perdida para credores pela Usina Santo Antonio, da qual a Eletrobras participa por meio de sua subsidiária Furnas, poderá ter reflexos sobre a privatização. Ele reconheceu que, nesse caso, a Eletrobras terá de avaliar um possível negociação com os credores de Santo Antonio.

“Não há conclusões ainda sobre impacto na alavancagem da companhia [valor da dívida na estrutura do capital do negócio]”, indicou.

Localizada no Rio Madeira, em Porto Velho (RO), a Usina Santo Antonio tem potência instalada mínima de 3.568,3 megawatts (MW). Segundo Limp, a dívida da usina chega a R$ 18 bilhões.

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Caso a Eletrobras assuma o controle da empresa, a dívida será acrescida à da holding do setor elétrico.

Para Limp, contudo, o nível de endividamento da Eletrobras hoje “é confortável”.

A dívida líquida recorrente da companhia ficou em R$ 20,554 bilhões no final de março de 2022, mostrando estabilidade em relação ao mesmo trimestre de 2021. Limp destacou que isso é resultado de uma disciplina financeira iniciada em 2016.

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Deputados do PT entram com pedido no STF para suspender julgamento do TCU sobre Eletrobras

Em mais uma tentativa de atrasar o processo de privatização da Eletrobras, deputados do Partido dos Trabalhadores entraram com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão do julgamento da segunda etapa da privatização da Eletrobras, no Tribunal de Contas da União (TCU), enquanto os questionamentos das primeira fase não forem respondidos.

Assinam o documento os deputados federais petistas Erika Kokay (DF), Leo de Brito (AC), Leonardo Monteiro (MG), Bohn Gass (RS) e Arlindo Chinaglia (SP).

O TCU iniciou a análise da primeira etapa da capitalização da Eletrobras em fevereiro, e marcou a segunda etapa para abril. Na sessão de 20 de abril, no entanto, o ministro do TCU Vital do Rêgo pediu vistas da matéria, que será retomada amanhã, 18.

Os deputados pedem que as diligências para a privatização da Eletrobras sejam inteiramente suspensas até que as determinações feitas pelo TCU na primeira etapa sejam inteiramente cumpridas, como efetiva conscientização da população acerca dos impactos tarifários decorrentes da privatização.

“Os parlamentares entendem que a eventual continuidade do julgamento, diante das parcas informações, tem vínculo direto com a pressa da direção da Eletrobras em privatizar a companhia a qualquer custo inclusive em detrimento do dever de transparência que é obrigatório ao próprio Estado”, informou a Advocacia Garcez, que representa os deputados no mandado de segurança.

Com Agência Brasil e Agência Estado

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Redação Suno Notícias

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