Eletrobras (ELET3) aprova bancos para o follow-on de privatização

O Conselho de Administração da Eletrobras (ELET3) aprovou a contratação do sindicato de bancos que ficará responsável pela estruturação da operação de follow-on (oferta subsequente de ações), conforme informado pela companhia nesta sexta (19), em documento publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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Os coordenadores líderes da operação de oferta de ações da Eletrobras serão o Bank of America (BOAC34), BTG Pactual (BPAC11), Goldman Sachs (GSGI34), Itaú BBA e XP Investimentos.

Como Bookrunners, foram delegados os seguintes bancos: Bradesco BBI, Caixa Econômica Federal, Citi (CTGP34), Credit Suisse (C1SU34), JP Morgan (JPMC34), Morgan Stanley (MSBR34) e Safra.

As ações ordinárias da Eletrobras encerraram o pregão desta sexta-feira em alta de 1,57%, cotadas a R$ 33,04. No ano, porém, o resultado não é dos melhores: a empresa acumula queda de 7,27%.

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Segundo a Bloomberg, a Eletrobras teria sido procurada por 14 bancos, com a intenção de coordenar uma oferta de ações que atingiria aproximadamente R$ 103 bilhões. A elétrica teria contratado a Laplace Finanças para cuidar da assessoria durante a transação.

A primeira oferta seria de R$ 23 bilhões em novas ações com direito a voto a serem emitidas pela empresa, que teria um aumento de capital no início de 2022, segundo o BNDES. Para as ofertas seguintes, a intenção seria diminuir a participação do governo até pelo menos 45%. Essa operação aumentaria o volume movimentado em mais R$ 80 bilhões.

Entretanto, fontes do governo informaram que a privatização da Eletrobras poderá ficar somente para 2023 por causa do calendário eleitoral.

Na última quarta (17), a ação da Eletrobras derreteu e figurou entre as maiores baixas do Ibovespa, após a estatal reportar um lucro líquido 65,72% menor no terceiro trimestre de 2021, de R$ R$ 964,5 milhões, pressionado por provisões de R$ 9,4 bilhões.

Guedes quer privatizar Correios e Eletrobras (ELET3) para pagar precatórios

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que deseja privatizar os Correios, Eletrobras (ELET3) e o Porto de Santos para pagar os precatórios a pessoas que tenham que receber do governo.

“Queremos vender os Correios. Queremos vender a Eletrobras, o Porto de Santos. Exatamente como fizemos com a Embraer (EMBR3)“, disse o ministro no evento do Bradesco BBI CEO Forum.

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De acordo com o líder da pasta econômica, os precatórios que as pessoas tenham a receber do governo serão pagos com as ações das empresas privatizadas. Na análise do ministro, a dívida dos precatórios “surgiu do nada e explodiu”. Para aqueles que têm grandes precatórios a receber, “é razoável que esperem um ano”.

A privatização da Eletrobras deve acontecer somente depois das eleições presidenciais do ano que vem. Isso porque o Tribunal de Contas da União (TCU) entende que a operação deve ser avaliada com atenção, segundo uma fonte informou à Bloomberg.

Para que a Eletrobras seja privatizada é necessária a aprovação do TCU. Contudo, a fonte explicou à agência que a operação pode demorar um pouco mais para acontecer pois o órgão acredita que o governo desvalorizou, em pelo menos R$ 10 bilhões, a receita de outorga projetada.

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Bruno Galvão

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