EDP Brasil (ENBR3) entra em fase “moderadamente otimista”

A EDP Brasil (ENBR3) está em uma fase “moderadamente otimista”, segundo uma avaliação feita pelo presidente da empresa, Miguel Setas, em entrevista ao jornal “Valor Econômico”. A publicação foi feita nesta terça-feira (30).

De acordo com o executivo, a crise gerou impactos ao setor de energia elétrica, principalmente por conta da inadimplência e da redução de mercado. Isso, consequentemente, fará com que os resultados do segundo trimestre sejam mais fracos. O executivo, entretanto, afirmou ao jornal que a empresa buscará aproveitar novas oportunidades.

Setas salientou que o reforço de caixa feito pela EDP preparou a companhia para o pior cenário, o que, na prática, foi mais tranquilo do que se imaginava, segundo ele. O presidente da EDP também afirmou que a companhia busca reverter os efeitos da crise sobre seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda).

Conheça o Suno One, a central gratuita de informações da Suno para quem quer aprender a investir. Acesse clicando aqui.

A EDP Brasil fez um reforço de caixa de aproximadamente R$ 3 bilhões, recentemente, o que deixou a empresa em posição protegida em relação ao caixa para suportar a crise provocada pela pandemia de coronavírus.

Em teleconferência sobre os resultados do primeiro trimestre, em meados de maio, o presidente da EDP disse que R$ 1,3 bilhão, do valor total adquirido para reforçar o caixa, foi proveniente da redução de custos e investimentos, além da diminuição de dividendos e do cancelamento de fusões e aquisições que estavam no plano da companhia.

Setor de Energia em recuperação e foco da EDP Brasil

De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) as quedas mensais de consumo de energia estão diminuindo em intensidade. No acumulado de junho até o dia 19, o índice ficou negativo em 6%. Em abril e maio, entretanto, ficaram em -12,1% e -10,9%, respectivamente.

A inadimplência de curto prazo também caiu em maio. Entretanto, antes disso houve altas no índice. Em março, ela ficou em 6%. O maior nível de inadimplência no setor foi em abril (primeiro mês cheio com restrições devido a pandemia), quando ficou em 10,2%. Em maio, o número caiu para 4,6% e até o momento está 0,95% neste mês, de acordo com o monitoramento do Ministério de Minas e Energia.

Com uma leve melhora no horizonte do setor, a EDP Brasil se mantém focada no crescimento por meio dos seguintes segmentos: transmissão, distribuição e novos negócios. Entre as operações no radar da companhia, estão investimentos em geração solar e mobilidade elétrica.

Juliano Passaro

Compartilhe sua opinião