Dólar diminuiu ganhos para R$ 5,55 após falas de dirigentes do Fed

O dólar reverteu parte dos ganhos desta segunda (08), que chegou a R$ 5,597 na máxima intradia, deixando o real com o pior desempenho entre as principais moedas globais. Com a PEC dos Precatórios dominando o foco dos participantes do mercado, as incertezas em relação ao cenário fiscal do País voltam ao radar com força.

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Isso acontece após a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, suspender a execução das emendas de relator. Na prática, Weber bloqueou o instrumento de distribuição de recursos que viabilizou o apoio dos deputados federais à aprovação da PEC no primeiro turno.

Às 10:05, o dólar comercial avançava 1,21%, a R$ 5,5894 na venda. Enquanto isso, na B3 (B3SA3), o dólar futuro de maior liquidez tinha alta de 0,97%, a R$ 5,614 no mesmo horário.

Também ajudam a dar fôlego à demanda defensiva do dólar hoje o IGP-DI de outubro, que veio acima do teto das estimativas dos economistas. O indicador de inflação avançou 1,60% no mês, somando 20,95% em 12 meses. A estimativa do mercado era de uma mediana de 1,28% de alta.

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Além disso, em nova rodada do Boletim Focus, o mercado piorou as expectativas para inflação, Selic e PIB do Brasil em 2021 e 2022. Os números foram:

  • IPCA: aumentou para 9,33% em 2021 e 4,6% em 2022;
  • Selic: ficou em 9,25% em 2021 e subiu para 11% em 2022;
  • PIB: diminuiu para 4,93% em 2021 e 1,0% em 2022.

Às 14:05 desta tarde, o dólar à vista subia 0,53%, cotado a R$ 5,552 na venda.

Câmbio no exterior

No exterior, o dólar prolonga a queda após recuar na sexta-feira (05). O índice DXY, que compara a moeda norte-americana a outras seis divisas internacionais, apresentava baixa de 0,31% às 14:04 desta segunda.

Porém, ante alguns pares emergentes do real, como peso mexicano, rublo e lira turca, o dólar exibe viés de alta.

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Os investidores digerem os comentários de uma série de dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central americano). Richard Clarida, vice-presidente da instituição, disse que vê as condições para aumento de juros nos EUA atendidas no próximo ano, com o emprego sendo restaurado para onde estava antes da pandemia e a inflação já em níveis confortáveis.

Nesse mesmo sentido foi a fala de James Bullard, presidente do Fed de St. Louis, acrescentando que espera que o BC dos EUA aumente os juros duas vezes em 2022.

Última cotação do dólar

Na última sessão, sexta-feira (5), o dólar encerrou em queda de 1,49%, negociado a R$ 5,52.

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Com informações do Estadão Conteúdo.

Monique Lima

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