Dólar dispara 2,7% após tensão política com ‘caso Roberto Jefferson’ e PIB da China

O dólar opera em alta de 2,73% no intradia desta segunda-feira (24), a R$ 5,287, reagindo aos episódios recentes que precedem o segundo turno das eleições. Na véspera, o deputado federal Roberto Jefferson (PTB) entrou em conflito armado com policiais federais que estavam em sua casa para executar um mandado de prisão.

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O dólar vinha de uma tendência de queda desde o início do mês, quando estava cotado a R$ 5,42. O índice DXY, que mede a força do dólar contra outras moedas, cai 0,10% – mostrando que a situação é de depreciação do Real ante o Dólar.

A moeda americana agora reflete um aumento de tensão política, dado que as eleições mostram uma disputa apertada entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT).

O candidato Jair Bolsonaro vinha se dizendo aliado de Roberto Jefferson por diversos meses, mas, no episódio de domingo (23), recuou e disse que o parlamentar “teria tratamento de bandido’ por ter aberto fogo contra policiais.

“O tratamento para pessoas que são corruptas ou agem dessa maneira como Roberto Jefferson agiu, o tratamento que será dispensado pelo governo Jair Bolsonaro é o tratamento de bandido”, declarou o atual presidente e candidato à reeleição em um vídeo curto na sua conta no Twitter.

Além da tensão política, o que fica no radar são os indicadores econômicos da China. O dragão asiático reportou um crescimento econômico anualizado de 3,9%, dada a alta em igual magnitude, de 3,9%, no acumulado do trimestre.

O consenso de mercado esperava uma alta de 3,5% no PIB da China, deixando o anualizado também próximo deste patamar. Na leitura do trimestre anterior, o PIB caiu 2,7%, deixando o anualizado a 0,4%.

O líder Xi Jinping foi reconduzido ao poder em meio ao Congresso do Partido Comunista Chinês. Por lá, o yuan cai a US$ 0,14 nesse contexto, ampliando as quedas vistas desde o início de outubro.

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Entenda o ‘caso Roberto Jefferson’, que afeta o dólar

O deputado petebista foi preso no domingo (23) após horas de negociação com a polícia. Na ocasião, ele estava cumprindo prisão domiciliar. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, havia ordenado que Jefferson voltasse à prisão após o parlamentar xingar a ministra da Suprema Corte Cármen Lúcia.

A decisão se deu após ataques do parlamentar a diversos ministros. Moraes revogou a prisão domiciliar, implicando assim em um retorno de Roberto Jefferson ao regime fechado.

Em suas redes sociais, o deputado antecipou que não iria se render e, posteriormente, trocou tiros e arremessou granadas contra as viaturas dos policiais, então iniciando uma crise política que afeta a cotação do dólar nesta segunda (24).

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Eduardo Vargas

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