Dólar sobe 0,5%, abaixo dos R$ 5,60, com vacina dos EUA

O dólar inicia a semana em queda com o tratamento contra o novo coronavírus (covid-19) sendo acelerado nos Estados Unidos.

Por volta das 9h10, nesta segunda-feira (24), o dólar operava em queda de 0,573%, sendo negociado a R$ 5,5737. O mercado internacional está atento ao desdobramento do uso emergencial de plasma para tratamento de covid-19. O presidente dos EUA espera acelerar os trâmites para autorizar a aplicação do imunizante antes das eleições presidenciais.

Além disso, os investidores brasileiros acompanham o ‘megapacote’ com medidas econômicas e sociais que deverá ser lançado pelo governo na próxima terça-feira.

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Tratamentos para covid-19

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no último domingo (23), que a agência federal do departamento de Saúde (FDA) autorizou o uso emergencial de plasma convalescentes no tratamento de pacientes com novo coronavírus (covid-19). O tratamento já foi usado em cerca de 70 mil pessoas nos EUA.

“Esta é uma terapia poderosa que transfunde anticorpos muito, muito fortes do sangue de pacientes recuperados para ajudar a tratar pacientes que lutam contra uma infecção atual. Teve uma incrível taxa de sucesso”, disse Trump.

De acordo com departamento, “com base nas evidências científicas disponíveis, a FDA concluiu, conforme descrito em seu memorando de decisão, este produto pode ser eficaz no tratamento de covid-19 e que os benefícios conhecidos e potenciais do produto superam os riscos conhecidos e potenciais do produto”.

Essa medida está sendo acelerada para ser autorizada antes das eleições presidenciais dos EUA, conforme foi publicado pelo jornal “Financial Time”.

Megapacote do governo

No mercado interno a atenção está voltada para um megapacote de medidas econômicas e sociais que deve ser lançado na próxima terça-feira (1).

O evento é chamado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, como o “big bang day” do governo, que irá lançar o Renda Brasil, medidas para geração de empregos, novos marcos legais e ações para corte de gastos. Essas ações fazem parte do programa batizado pelo governo de Pró-Brasil.

Boletim Focus

De acordo com o Boletim Focus, publicado nesta segunda-feira (24), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil irá recuar 5,46% em 2020. Caso a projeção se confirme, este será o pior ano para a economia brasileira no último século. Essa é a oitava semana consecutiva em que os especialistas do mercado financeiro, ouvidos pelo Banco Central (BC), estimam uma queda menos intensa do PIB; há quatro semanas, a previsão era de um tombo de 5,77%.

No início do ano, o Boletim Focus previa uma alta de 2,30% do PIB deste ano, na sequência dos crescimentos registrados desde 2017. Entretanto, o mercado, assim como o Banco Central, não esperavam os fortes efeitos causados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) na atividade econômica global.

Segundo o Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), o PIB brasileiro recuou 1,5% no primeiro trimestre; o resultado do segundo trimestre, período que deve abranger as medidas de contenção ao vírus de forma mais ampla, será divulgado em 1º de setembro. Para o ano que vem, o relatório Focus permanece com a previsão de que a economia do País subirá 3,5% — mesma estimativa das últimas 12 semanas.

Mercado Internacional

Os índices futuros, por volta das 7h40, operavam em campo distinto nesta sexta.

  • Nova York (S&P 500): +0,70%
  • Nova York (Dow Jones): +0,81%
  • Nova York (Nasdaq): +0,93%
  • Londres (FTSE 100): +1,90%
  • Frankfurt (DAX 30): +2,36%
  • Paris (CAC 40): +2,29%
  • Xangai (SSEC): +0,15%
  • Hong Kong (Hang Seng): +1,74%
  • Tóquio (Nikkei 225): +0,28%

Última cotação do dólar

Na última sessão, sexta-feira (21), o dólar encerrou em alta de 0,951%, negociado a R$ 5,6068.

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Poliana Santos

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