Dólar despenca e atinge o menor valor desde junho de 2024: Como isso pode impactar seu bolso?

O Ibovespa e o câmbio enfrentam momentos decisivos. Nesta segunda-feira (15/09), o dólar norte-americano registrou uma queda de 0,59%, fechando a R$5,3220, o menor valor desde 6 de junho de 2024, quando havia terminado o pregão a R$5,2493. Esse movimento reflete a continuidade da fraqueza da moeda frente ao real, com o mercado de olho nas decisões sobre a política monetária dos Estados Unidos e do Brasil, que ocorrerão na quarta-feira (17/09).

O recuo de 13,97% no dólar no acumulado de 2025, associado à expectativa de manutenção da Selic em 15%, tem aliviado importadores e investidores que observam com atenção as movimentações no câmbio. O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) também desempenhou um papel relevante ao mostrar uma desaceleração da economia brasileira, com queda de 0,5% em julho frente ao mês anterior, superando a expectativa de -0,2%.

Ao mesmo tempo, a redução da previsão do IPCA de 2025 no Relatório Focus (de 4,85% para 4,83%) fortalece as apostas na estabilidade da Selic e possíveis cortes de juros no futuro próximo. Com isso, o dólar perdeu força também no cenário externo, onde o índice DXY recuou 0,36%, a 97,306.

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Alison Correia, analista de investimentos e sócio-fundador da Dom Investimentos, comentou sobre a valorização do real frente ao dólar: “Quando a gente olha o nosso dólar, no mês a gente tem uma movimentação de baixa. No ano, a nossa moeda se valoriza mais de 13%, uma das moedas que mais se valoriza no mundo. E a nossa bolsa está subindo quase 20%. Então, estamos indo nesse contexto, de certa forma, positivo.” Esse cenário reflete a boa performance do mercado local, com a valorização da moeda brasileira e o crescimento do Ibovespa, que já acumula quase 20% de alta em 2025.

Embora o dólar continue sua trajetória de queda, é importante notar que o mercado está em clima de espera pelas decisões sobre juros nos Estados Unidos e no Brasil. A possível redução da taxa de juros nos EUA também pode influenciar diretamente os movimentos do câmbio, e o Brasil, com sua política monetária mais estável, continua atraindo investidores estrangeiros.

No final das contas, a queda do dólar é um reflexo de um cenário de estabilidade econômica no Brasil, que, com uma moeda forte e inflação controlada, segue atraindo mais investimentos para sua Bolsa de Valores. O mercado está atento aos próximos passos, mas o dólar, de fato, continua em um caminho de fraqueza.

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Maíra Telles

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