Dólar tem queda com mercado atento ao avanço da Covid-19 na Índia
O dólar continua em queda na tarde desta segunda-feira (26), mas agora os investidores estão atento ao colapso sanitário que a Índia vive em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19) que está até afetando os preços do petróleo.
Por volta das 14h50, o dólar tinha queda de 0,41%, negociado a R$ 5,45. A Índia registrou 352.991 casos de covid-19 hoje e voltou a bater, pelo quinto dia seguido, a marca de maior número de infectados do mundo.
Até então, somente os Estados Unidos tinham superado a marca de 300 mil casos em um dia — e apenas uma única vez, em 2 de janeiro.
Foram mais de 1 milhão de novos infectados nos últimos três dias, e o país foi responsável por 48% de todos os casos do mundo nas últimas 24 horas.
Na análise do diretor dos serviços financeiros da IBC Consulting, Leandro Araújo, informou que esse colapso na Índia afeta os preços do petróleo.
“Apesar da produção de algumas vacinas, que são feitas no país, eles não estão conseguindo dar conta, até porque é uma população muito grande, mais de 1 bilhão de pessoas. Isso inclusive está derrubando os preços do petróleo, porque a Índia é a terceira principal importadora de petróleo do mundo”, disse Araújo.
Às 14h55, o Petróleo Brent tinha queda de 0,21%, negociado a US$ 65,28. Por sua vez, o Petróleo WTI tinha leve queda de 0,05%, a US$ 65,12.
Exterior tem foco nos balanços
Os investidores esperam uma enxurrada de resultados corporativos do primeiro trimestre deste ano. Os bancos norte-americanos deram o tom de forte recuperação econômica do país no primeiro trimestre, mas será nesta semana que os investidores ficarão colados em suas telas para acompanhar balanços corporativos.
“A semana começa com a expectativa das grandes empresas de tecnologia reportarem seus balanços trimestrais”, disse Araújo. Cerca de 50% do S&P 500 apresentará seus números, incluindo Tesla (TSLA34), Apple (AAPL34) e Alphabet (GOGL34).
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira (23), o dólar fechou o pregão em alta de 0,78%, negociado a R$ 5,49.