Em sessão volátil, dólar retoma alta por cautela com inflação nos mercados

O dólar mostrou volatilidade na primeira hora da sessão desta quarta-feira: começou os negócios em alta, após cair mais de 2% ontem e de zerar ganhos em maio, alinhado à valorização do índice DXY do dólar ante seis moedas principais em meio a expectativas de aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). No entanto, a moeda chegou a cair, ajustando-se ao sinal negativo ante alguns pares emergentes do real, mas volta a se valorizar.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240-Banner-Home-2-1.png

Às 11h40, o dólar à vista voltava a subir, a R$ 4,96 (+0,57%), após mínima em queda a R$ 4,92. O dólar futuro para junho ganhava 0,13%, a R$ 4,96, após cair até R$ 4,94 e subir à máxima de R$ 4,97.

Com a agenda de indicadores esvaziada, os investidores locais aguardam as falas do diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra Fernandes e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Eles participam de eventos em São Paulo e no Rio, respectivamente, durante a manhã.

“Iniciamos esta quarta-feira (18) de olho na decisão do TCU sobre a Eletrobras, depois de adiamento, pelo pedido de vista de um dos ministros. Parece que agora vai, mas o mercado não parece tão favorável”, informou o relatório da Mirae Asset.

Nos mercados internacionais, predomina cautela com a inflação, após os fortes CPIs da zona do euro e do Reino Unido em abril reforçarem expectativas de possível aperto monetário do BCE antes do esperado e de aceleração da alta de juros pelo Banco da Inglaterra.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240_TEXTO_CTA_A_V10.jpg

Ontem, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou que há “amplo apoio” no comitê de política monetária para um novo aumento da taxa de juros em 50 pontos-base em junho nos EUA e que a instituição pode ser mais agressiva se a inflação não ceder e que não hesitará se tiver que subir a taxa de juros além do nível neutro. “Teremos que reduzir crescimento para controlar a inflação”, disse, ponderando que o mercado de trabalho poderá continuar forte apesar do aperto da política monetária.

O Índice DXY do dólar ante seis moedas principais desacelera a alta em relação a mais cedo, enquanto a moeda americana passou a cair há pouco frente a algumas divisas emergentes e ligadas a commodities, como peso chileno, peso mexicano e rand sul africano. A queda de 1,72% do dólar ante o rublo por volta das 9h44 chama atenção, após Finlândia e Suécia apresentarem pedidos formais de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) nesta quarta-feira.

Os investidores repercutem também a queda da bolsa chinesa de Xangai, após o preço médio de novas moradias nas 70 maiores cidades da China ter caído em abril pela primeira vez desde novembro de 2015, quando a economia chinesa enfrentou uma grave desaceleração.

Última cotação do dólar

Na última sessão, terça-feira (17), o dólar encerrou o pregão em queda de 2,15%, negociado a R$ 4,94.

Com informações do Estadão Conteúdo

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Controle-de-Investimentos.png

Poliana Santos

Compartilhe sua opinião