Dólar fecha em baixa de 0,374% a R$ 5,32 com incertezas sobre covid-19
O dólar americano encerrou em baixa de 0,374%, cotado a R$ 5,3236 na venda, nesta sexta-feira (10) com incertezas quanto ao novo coronavírus novamente ditando o humor dos mercados.
A moeda estrangeira registrou uma sessão de forte volatilidade, fechando próxima de onde começou no início do dia. O dólar refletiu os temores dos investidores em relação ao aumento nos dados de coronavírus nos Estados Unidos e a possibilidade de uma nova onda de bloqueios para conter o avanço da doença.
No país norte-americano foram reportadas mais de 60.500 novas infecções por coronavírus na última quinta-feira (9). O valor representa a maior contagem de casos em um único dia em qualquer país desde que o vírus surgiu no final do ano passado na China.
Encerrada a semana, o dólar acumulou uma leve de 0,05% no período, enquanto no ano a valorização chega a 32,69%. Além disso, confira as notícias que mexeram com o câmbio nesta sexta-feira:
- Trump: segunda fase de acordo entre EUA e China é improvável
- Pior impacto do coronavírus na demanda de petróleo já passou
- PIB do Reino Unido pode despencar 10%
Trump: segunda fase de acordo entre EUA e China é improvável
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que uma segunda fase do acordo comercial dos EUA com a China não está sendo considerado. O mandatário alega que o relacionamento entre Washington e Pequim se “deteriorou demais”.
Saiba mais: Trump diz que segunda fase do acordo entre EUA e China é improvável
“Não penso nisso”, declarou o presidente dos EUA, que concluiu dizendo que “o relacionamento com a China foi severamente danificado”.
Pior impacto do coronavírus na demanda de petróleo já passou
A Administração de Informação sobre Energia (AIE) avaliou que os piores efeitos do coronavírus na demanda global por petróleo já passaram. Para a entidade, no entanto, o impacto da covid-19 continuará presente conforme o mercado se recupera lentamente no segundo semestre de 2020.
Saiba mais: Petróleo: pior impacto do coronavírus na demanda já passou, diz AIE
Segundo a AIE, as atividades econômicas estão se recuperando após o levantamento de algumas das medidas mais rigorosas de lockdown, já que, em abril, dois terços da população global estavam sob bloqueio.
Por outro lado, “o forte crescimento de novos casos do covid-19, que levaram ao retrocesso na reabertura de algumas regiões, incluindo a América do Norte e América Latina, estão projetando uma sombra sobre as perspectivas ”, afirmou a AIE.
PIB do Reino Unido pode despencar 10%
A agência de classificação de risco Moody’s que prevê uma contração de 10% no Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido em 2020. Além disso, espera que a crise causada pelo coronavírus contribua para uma elevação na dívida pública do país em quase 25%.
De acordo com a Moody’s, ao mesmo tempo que o último pacote de estímulo econômico do Reino Unido, que foi anunciado nesta semana e é avaliado em £ 30 bilhões (cerca de R$ 200 bilhões), ajudará numa recuperação econômica gradual, também aumentará a pressão já presente na situação fiscal do país.
Última cotação do dólar
Na sessão da última quinta-feira, o dólar encerrou o pregão em leve queda de 0,07%, negociado a R$ 5,344 na venda.