Dólar encerra a semana em baixa: entenda o que impactou a cotação

O dólar fechou o pregão de sexta-feira (01) em queda de 0,35%, cotado a R$ 4,9553. Com isso, a divisa acumulou recuo de 0,76% na semana. Entenda, a seguir, o que impactou na cotação do dólar durante os últimos dias.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/12/4-MAGNET-DESK-1420X240.png

A semana contou com uma agenda cheia, recheada de indicadores econômicos que influenciaram na flutuação do dólar frente ao real. Além disso, o fechamento do mês ainda trouxe um elemento adicional para o cenário, como explica Diego Costa, head de câmbio para o norte e nordeste da B&T Câmbio.

“A semana começou sob grande expectativa nos mercados, com olhares voltados para indicadores-chave como o PCE, IPCA-15, PIB e balanços corporativos, além de pronunciamentos dos representantes dos bancos centrais, que ultimamente tem mexido com os ânimos dos investidores. O fechamento de fevereiro na quinta-feira acrescentou outro elemento à agenda econômica: a disputa em torno da formação da ptax”, diz.

Um dos dados mais aguardados da semana, o PCE, subiu 2,4% em janeiro na base anual, em linha com as estimativas.

“Antes da divulgação do PCE e dos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos, o dólar se aproximou novamente de R$ 5,00, mas começou a recuar ainda na manhã de quinta-feira. Esse movimento veio após o índice de inflação atender às expectativas e os pedidos de seguro-desemprego superarem as previsões, aliviando preocupações de que o Federal Reserve adotasse uma política monetária excessivamente restritiva”, afirma costa.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Investindo-no-exterior.png

Já o PIB brasileiro ficou estável no quarto trimestre e fechou 2023 em alta de 2,9%, o que também contribuiu para o ambiente mais favorável em relação ao real contra o dólar.

“O real teve valorização em relação ao dólar na sexta-feira, que continuou a recuar globalmente, impulsionado pelas expectativas de novos estímulos econômicos na China e pela estabilidade do PIB brasileiro, que sugere que o atual ritmo de cortes na Selic pode ser mantido, a menos que ocorram mudanças significativas no cenário global”, explica o especialista.

Na próxima semana, a cotação do dólar deve continuar sendo influenciada pela agenda de indicadores econômicos, que darão novos sinais a respeito da condução da política monetária sobretudo nos Estados Unidos.

“Com a inflação ainda sem mostrar sinais claros de desaceleração, os investidores permanecerão atentos aos próximos indicadores econômicos para ajustar suas expectativas em relação às taxas de juros ao redor do mundo. No Brasil, os focos serão a inflação ao produtor, PMI, Produção Industrial e o Balanço Orçamentário, em meio a preocupações fiscais. Internacionalmente, serão importantes o PMI, os relatórios do mercado de trabalho ADP, Jolts e, especialmente, o Payroll nos Estados Unidos, além da decisão de juros do Banco Central Europeu, e na Alemanha, a inflação ao produtor e produção industrial. Na China, os destaques ficarão por conta do PMI, da balança comercial e da inflação ao consumidor”, completa Diego Costa, citando eventos que podem impactar na cotação do dólar.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

Tags
Guilherme Serrano Silva

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno