Dólar: Câmbio USD tomba com Treasuries mistos e varejo no Brasil

Nesta quarta-feira (17) pela manhã, a cotação do dólar desacelerou devido à cautela ante riscos no exterior, após os resultados mistos dos rendimentos dos Treasuries.

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Em paralelo, o mercado de câmbio ajusta-se à queda do dólar ante pares rivais e divisas emergentes no exterior. Na China, dados de atividade divulgados na China impulsionaram a moeda, enquanto a inflação europeia, especialmente no Reino Unido, acima da esperada que fortaleceram a libra.

Em paralelo aos eventos do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, os discursos de dirigentes do Banco Central Europeu recuaram as expectativas de corte de juros na região no curto prazo e a cotação do eruo reduziu a perda intradia ante o dólar. A moeda americana ainda se mantém fortalecida frente o iene japonês com uma correção de expectativas sobre o ritmo esperado de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed), neste ano.

Os investidores ainda ecoam em Nova York o discurso do diretor do Fed, Christopher Waller, na terça-feira (16), sinalizando que a autoridade monetária fará três cortes de 25 pontos-base na taxa básica até dezembro, bem menos do que o mercado precifica atualmente. A curva futura passou a embutir menor chance de o Fed começar a cortar juros em março, conforme indicou a plataforma de monitoramento do CME Group, e a hipótese de haver sete cortes em 2024 perdeu força e o cenário de seis reduções passou a ser o mais provável.

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Dados de varejo no Brasil

No mercado interno, os investidores analisam os dados de varejo restrito e ampliado em novembro no País.

As vendas do comércio varejista subiram 0,1% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 17. O resultado correspondeu à mediana das expectativas de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast. O intervalo das projeções ia de queda de 1,3% a alta de 0,9%.

Quanto ao varejo ampliado – que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício -, as vendas subiram 1,3% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal, bem mais que a alta de 0,3% esperada pelo mercado. Neste caso, o intervalo das estimativas ia de queda de 1,0% a alta de 1,4%.

Na comparação com novembro de 2022, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 4,3% em novembro de 2023 acima do teto das projeções do mercado, cujo intervalo era de uma elevação entre 0,2% e 4,0%, com mediana positiva de 2,5%. O IBGE ainda revisou o resultado das vendas no varejo ampliado em outubro ante setembro, de uma queda de 0,4% para uma redução de 0,2%.

Cotação do dólar (USD) hoje

Às 9h52 desta quarta, o câmbio do dólar à vista registrava uma alta de 0,19%, a R$ 4,9347, após registrar mínima, com viés de baixa pontual a R$ 4,9252 (-0,01%).

O dólar para fevereiro estava cotado a R$ 4,9430 (+0,16%). O Índice DXY tinha ligeiro ganho de 0,05%, aos 103,41 pontos.

O juro da T-Note 2 anos subia a 4,282% (de 4,240% no fim da tarde de ontem), o da T-Note 10 anos estava a 4,071% (de 4,056%), e o do T-Bond 30 anos cedia a 4,297% (de 4,302%).

Com informações de Estadão Conteúdo.

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Camila Paim

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